Deus foi, imensamente, criativo ao nos criar. Ninguém é igual
a ninguém. Cada um tem o seu jeito, a sua marca e os seus talentos. Pode ser
que você seja um grande artista e, na culinária, um perfeito desastre! Mas, o
contrário, também pode acontecer. É bom que reconheçamos e agradeçamos os dons
que Deus nos deu. Para nós, isso não pode ser motivo de vaidade, afinal, o que
tenho recebi de presente.
Trabalho no rádio há vários anos ao lado de pessoas muito
talentosas. Às vezes, comento com um ou outro locutor: A voz que você tem foi um
dom de Deus e você nada fez para tê-la, simplesmente a recebeu. Por isso, não
faz sentido se envaidecer, mas nunca se esqueça de agradecer!
São Francisco de Sales dizia que, no mundo antigo, usavam-se
burrinhos sujos e mal cheirosos para transportar mercadorias de grande valor e raros
perfumes. Apesar da pobre condição do animal, ele podia carregar fardos
riquíssimos! Assim somos nós. Não passamos de pó da terra, mas podemos ser portadores
de coisas maravilhosas. Por isso, seria bom dizer como Maria, a Mãe de Jesus: O
Senhor fez em mim maravilhas! As maravilhas vêm de Deus, pois, não passamos de vasos
de barro. O perfume que transportamos não nos pertence. Ele nos veio do alto.
Reconhecer os dons que nos foram dados por Deus não é falta
de humildade, afinal, eles não são meus, foram dados a mim de presente. Quando
damos um presente a alguém ficamos alegres ao vê-lo usando, bem, aquele
presente. O mesmo deve ocorrer com Deus. Certamente, ele se alegra ao ver-me,
usando, bem, os dons que me ofereceu. Seria melhor ainda, que procurássemos
desenvolver e ampliar esses dons. Lembra-se da parábola dos talentos? Pelo
visto, Deus reprova a atitude daquele que enterra um dom recebido. Mas, é preciso
tomar cuidado para que esses dons não sejam, para mim, ocasiões de pecado. Devo
aplicá-los no culto a Deus e não ao meu próprio ego.
Acho que todos concordam que rejeitar um presente seria uma
grande grosseria. Por isso, não devemos rejeitar ou negar os dons que Deus nos
deu. Também não seria elegante cultivarmos certa forma de fingimento. Às vezes, dizemos
não ter talentos só para recebermos elogios. Isso seria uma falsa humildade.
Santa Tereza dizia que a humildade é igual à verdade. Se você é uma boa costureira,
admita, afinal, você não fez outra coisa nos últimos quarenta anos! Ninguém
iria se sujeitar às suas peças durante tanto tempo se elas fossem mal feitas. Mas,
o fato de ser uma boa costureira não deverá ser para você motivos de vaidade.
Caso, contrário você poderá parar no inferno, juntamente, com sua máquina de
costura e uns restos de linha... Pense nisso!
Imagem de SerenityArt por Pixabay
Estou vasculhando mensagens, noticias, no meu celular, e chega de tanta leitura desagradáveis! como não quero largar este aparelho que contem tanta informação boa como ruim, resolvo visitar o blog do Padre Gabriel em busca de boa leitura com certeza.
ResponderExcluirO tema do texto me levou a querer fazer este comentário. O talendo usado para o bem. Se busquei boa leitura é porque o padre tem usado muito bem o dom que Deus deu.
Meus votos é que continue. Parabéns