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domingo, 16 de março de 2025

O meu dom veio de Deus

 


Deus foi, imensamente, criativo ao nos criar. Ninguém é igual a ninguém. Cada um tem o seu jeito, a sua marca e os seus talentos. Pode ser que você seja um grande artista e, na culinária, um perfeito desastre! Mas, o contrário, também pode acontecer. É bom que reconheçamos e agradeçamos os dons que Deus nos deu. Para nós, isso não pode ser motivo de vaidade, afinal, o que tenho recebi de presente.

Trabalho no rádio há vários anos ao lado de pessoas muito talentosas. Às vezes, comento com um ou outro locutor: A voz que você tem foi um dom de Deus e você nada fez para tê-la, simplesmente a recebeu. Por isso, não faz sentido se envaidecer, mas nunca se esqueça de agradecer!

São Francisco de Sales dizia que, no mundo antigo, usavam-se burrinhos sujos e mal cheirosos para transportar mercadorias de grande valor e raros perfumes. Apesar da pobre condição do animal, ele podia carregar fardos riquíssimos! Assim somos nós. Não passamos de pó da terra, mas podemos ser portadores de coisas maravilhosas. Por isso, seria bom dizer como Maria, a Mãe de Jesus: O Senhor fez em mim maravilhas! As maravilhas vêm de Deus, pois, não passamos de vasos de barro. O perfume que transportamos não nos pertence. Ele nos veio do alto.

Reconhecer os dons que nos foram dados por Deus não é falta de humildade, afinal, eles não são meus, foram dados a mim de presente. Quando damos um presente a alguém ficamos alegres ao vê-lo usando, bem, aquele presente. O mesmo deve ocorrer com Deus. Certamente, ele se alegra ao ver-me, usando, bem, os dons que me ofereceu. Seria melhor ainda, que procurássemos desenvolver e ampliar esses dons. Lembra-se da parábola dos talentos? Pelo visto, Deus reprova a atitude daquele que enterra um dom recebido. Mas, é preciso tomar cuidado para que esses dons não sejam, para mim, ocasiões de pecado. Devo aplicá-los no culto a Deus e não ao meu próprio ego.

Acho que todos concordam que rejeitar um presente seria uma grande grosseria. Por isso, não devemos rejeitar ou negar os dons que Deus nos deu. Também não seria elegante cultivarmos  certa forma de fingimento. Às vezes, dizemos não ter talentos só para recebermos elogios. Isso seria uma falsa humildade. Santa Tereza dizia que a humildade é igual à verdade. Se você é uma boa costureira, admita, afinal, você não fez outra coisa nos últimos quarenta anos! Ninguém iria se sujeitar às suas peças durante tanto tempo se elas fossem mal feitas. Mas, o fato de ser uma boa costureira não deverá ser para você motivos de vaidade. Caso, contrário você poderá parar no inferno, juntamente, com sua máquina de costura e uns restos de linha... Pense nisso!

Imagem de SerenityArt por Pixabay

Um comentário:

  1. Estou vasculhando mensagens, noticias, no meu celular, e chega de tanta leitura desagradáveis! como não quero largar este aparelho que contem tanta informação boa como ruim, resolvo visitar o blog do Padre Gabriel em busca de boa leitura com certeza.
    O tema do texto me levou a querer fazer este comentário. O talendo usado para o bem. Se busquei boa leitura é porque o padre tem usado muito bem o dom que Deus deu.
    Meus votos é que continue. Parabéns

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