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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Magia do cotidiano grávido de memórias


Duas xícaras na cristaleira

lembram da minha avó que

partiu levando nada

e deixou pra mim esse mimo.

Miúdas xícaras de café,

cúmplice de velhos diálogos

que não ouvi.

Agora olham pra mim à espera de novos dizeres.

Eu pergunto: conhecerão meus netos?

Não levamos mesmo nada desse mundo...

Mas pra quê se generosamente podemos ir?!


Texto e foto: Ana Cláudia SSaldanha

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