Os caminhos de Deus

Movido pelo desejo de vencer os filisteus e tornar-se uma grande nação, o povo de Deus reivindicou do profeta Samuel um rei que os governasse ( 1ª Sam 8,20). Em razão disso, Saul foi escolhido para ser o primeiro rei desse povo. Logo ele, que pertencia à família menos importante, da menor tribo, a tribo de benjamim, foi escolhido para governar o seu povo! Sua escolha foi curiosa. Ela aconteceu quando ele campeava os burros fugidos de seu pai(1ª Sam 9). Para Deus, um simples peão de estrebaria, poderia tornar-se o primeiro grande rei de Israel…

A escolha de Davi, sucessor de Saul, não foi muito diferente. Ele era um pastor de ovelhas, filho caçula de Jessé, que pastoreava nas imediações de Belém. Sobre sua cabeça o profeta derramou o óleo sagrado ungindo-o rei de Israel. Belém viu nascer outro grande rei e pastor que governaria também o seu povo. Jesus de Nazaré. Com seu nascimento o Pai constrói uma nova e definitiva aliança com a humanidade. Mas, tudo aconteceu de forma muito simples. O relato de São Lucas é bastante claro: José subiu à cidade de Davi para o recenseamento. Sua mulher estava grávida. Completou-se o tempo e ela deu à luz àquele que seria a luz dos povos. Nasceu numa manjedoura, pois não acharam lugar para eles nas hospedarias. Maria envolveu-o de faixas como faria qualquer boa mãe que desse a luz nessas circunstâncias de pobreza. Nasceu pobre o dono de todas as riquezas do mundo! 

Os caminhos de Deus são muito diferentes dos nossos. Ele não julga pela aparência e nem liga para nossos esquemas de grandeza. A primeira vista que o Menino Jesus recebeu foi a visita dos pobres, ou seja, dos pastores. Não quis surgir entre  nós com demonstrações de força e poder. Veio como criança. Uma criança não assusta ninguém, pelo contrário, desarma os corações mais embrutecidos! Que Deus nos ensine ainda hoje, os caminhos da pobreza, da simplicidade e do amor…