Natal: a festa do amor infinito

Não me canso de afirmar que o natal é a festa de um amor infinito. Deus nos ama de forma absurda e se entrega, totalmente, em nossas mãos sem medo de se “contaminar” com nossa pequenez. É um paradoxo: O infinito se entrega ao infinitamente pequeno! Ele se fez pequeno para nos fazer grandes.

Deus é o criador de tudo. Com uma palavra criou o céu com suas nuvens e a terra com suas belezas! O mar e o firmamento também nasceram de suas mãos. Por isso, Deus é poderoso.  Mas,  não quis realçar o seu poder quando se fez humano pois a humanidade é o que há de mais frágil e passageiro. O que é a vida humana? A Bíblia diz que a vida humana se parece à flor do campo que de manhã floresce e fica bela, à noite fenece e morre.  Deus não quis realçar o seu poder, mas a sua misericórdia. Ele veio como humano para provar que o ser humano vale a pena! Foi com um corpo humano que Ele nos ensinou a sermos fiéis ao Pai. O Corpo santo de Cristo santificou nossos corpos e nossa história. Somente um Deus tão grande poderia acreditar em nós com tamanha grandeza! Natal é isso: A festa de um Deus que se encarna no humano por acreditar na humanidade. Que grande “tapa de luvas” Deus nos deu! Agora não há razões para desânimos e pessimismos. Se Deus acreditou na humanidade, que razões tenho eu para dela duvidar?

Diante desta prova de amor tão grande posso me perguntar: Por que Deus fez isso? Ele não precisa de nós e nada podemos acrescentar à sua majestade. Para essa pergunta só há uma resposta: Amor. Amor como nunca experimentamos! Amor que se fez doação, que se fez cruz, que se fez pão... Amor incondicional que levou Deus se esquecer de si mesmo para promover-nos; amor que confia e perdoa – setenta vezes sete! Amor que vence o ódio, que vence as trevas, que se faz luz.

Celebrar o natal é refletir sobre isso. Deus nos ama de forma absurda!  Mas, não quis nos assustar com sua grandeza e por isso veio a nós como criança. A criança é frágil, carente e não espanta ninguém. Pelo contrário, pede ajuda. Com sua inocência e candura desarma os corações mais embrutecidos. Aproximai, pois, desta criança! Com os bracinhos estendidos ela parece pedir ajuda quando lhe oferece a salvação!