Disfarce do Guerreiro
A história é muito comprida. Por isso, farei apenas um recorte da parte que, hoje, me interessa. Foi extraída de “O Mahabharata” e fala d...
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A história é muito comprida. Por isso, farei apenas um recorte da parte que, hoje, me interessa. Foi extraída de “O Mahabharata” e fala de Arjuna, um dos mais valentes guerreiros dos Pândavas.
Havia dois grupos rivais: Os Pândavas e os Káuravas. Os Pândavas perderam o reino num jogo de dados e, por isso, tiveram que se refugiar 13 anos na floresta. Não poderiam ser descobertos em hipótese alguma, sob pena de não terem o reino de volta. Meio perdidos na floresta encontraram um reino muito próximo e foram pedir emprego ao Rei Virata, um grande criador de vacas. Cada um procurou usar, da melhor maneira, o seu disfarce:
Bhima, apresentou-se com cozinheiro, Nakula e Sahadeva declararam conhecer os segredos das vacas, Draupadi tornou-se uma serva entre outras, Yudishsthira apresentou-se como Brâmane e contador de histórias, Arjuna apresentou-se com vestes femininas, voz afetada, gestos delicados e com muito perfume. Além de eunuco ele poderia ensinar canto e danças para as mulheres do rei.
Curioso foi o conselho que Arjuna recebeu do lago, para fazer o seu disfarce. Um lago lhe disse que, para nunca ser descoberto ele teria que se refugiar no seu sonho mais secreto. Assim, preservaria sua verdadeira identidade. Pois bem. Vestiu-se de mulher e fingiu ser uma mulher de verdade. Tudo ia muito bem, até o dia em que o reino foi atacado por ladrões de vacas.
O Rei não sabia como se defender daquele ataque inesperado. Tinha apenas um filho e ele era menor de idade. Foi quando Draupadi disse-lhe: - Ponha o eunuco para conduzir a carruagem. Assim, seu filho será preservado e as vacas resgatadas. Aquilo foi motivo de risos e gozação. Como colocar uma “quase mulher” conduzindo soldados, cavalaria e homens de guerra? Ela não teria vertigens, e bambeza nas pernas ao primeiro tiro? Não se envolveria com algum soldado tipo Napoleão? Vale dizer que, naquele tempo, Napoleão Bonaparte, nem pensava em nascer, muito menos ser rainha de cavalaria...
O rei Virata estava diante de uma verdadeira encruzilhada: Se ficasse o bicho o pegaria se corresse o bicho o comeria. Mas, quem estava mesmo perdido não precisava se preocupar muito com o melhor caminho. Por isso, sem saber que se tratava de Arjuna, botou o travesti como cocheiro de seu filho. Já em campo de guerra o disfarce acabou caindo por terra. Ninguém manejava o arco e flecha como aquele cocheiro, até então desconhecido. As cabeças rolavam e o sangue jorrava em bicas no exército inimigo. A vitória foi garantida.
Quando a guerra terminou o rei fez uma grande festa para receber seu filho. Chegou a desprezar o cocheiro pensando que o grande soldado da guerra fora seu filho. Foi preciso que o próprio filho lhe contasse a verdade. Só então, o rei percebeu que aquele travesti, na verdade, era um dos guerreiros mais temidos daquele tempo. As aparências, de fato, nos enganam...
Trazendo a história pra nossa realidade, sem querer forçar muito o texto, imagino que nossas vidas se desenvolvem num verdadeiro campo de batalha. Temos que matar um leão por dia para garantir a sobrevivência. Então lhe pergunto: - quem é o cocheiro de sua carruagem? Em outras palavras, quem conduz os seus passos e orienta você na luta do dia a dia?
Os cristãos também têm um “Deus escondido”. Escondido em nossa humanidade. “O Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós...” Você entregaria as rédeas de sua carruagem para ele ou procura contar só com as próprias forças?
Guerreando sozinhos, será que podemos vencer o inimigo? Quando o próprio Deus é o cocheiro de nossa carruagem a vitória está garantida de forma antecipada. Mas, sem Ele nada podemos fazer... Pense nisso!
Havia dois grupos rivais: Os Pândavas e os Káuravas. Os Pândavas perderam o reino num jogo de dados e, por isso, tiveram que se refugiar 13 anos na floresta. Não poderiam ser descobertos em hipótese alguma, sob pena de não terem o reino de volta. Meio perdidos na floresta encontraram um reino muito próximo e foram pedir emprego ao Rei Virata, um grande criador de vacas. Cada um procurou usar, da melhor maneira, o seu disfarce:
Bhima, apresentou-se com cozinheiro, Nakula e Sahadeva declararam conhecer os segredos das vacas, Draupadi tornou-se uma serva entre outras, Yudishsthira apresentou-se como Brâmane e contador de histórias, Arjuna apresentou-se com vestes femininas, voz afetada, gestos delicados e com muito perfume. Além de eunuco ele poderia ensinar canto e danças para as mulheres do rei.
Curioso foi o conselho que Arjuna recebeu do lago, para fazer o seu disfarce. Um lago lhe disse que, para nunca ser descoberto ele teria que se refugiar no seu sonho mais secreto. Assim, preservaria sua verdadeira identidade. Pois bem. Vestiu-se de mulher e fingiu ser uma mulher de verdade. Tudo ia muito bem, até o dia em que o reino foi atacado por ladrões de vacas.
O Rei não sabia como se defender daquele ataque inesperado. Tinha apenas um filho e ele era menor de idade. Foi quando Draupadi disse-lhe: - Ponha o eunuco para conduzir a carruagem. Assim, seu filho será preservado e as vacas resgatadas. Aquilo foi motivo de risos e gozação. Como colocar uma “quase mulher” conduzindo soldados, cavalaria e homens de guerra? Ela não teria vertigens, e bambeza nas pernas ao primeiro tiro? Não se envolveria com algum soldado tipo Napoleão? Vale dizer que, naquele tempo, Napoleão Bonaparte, nem pensava em nascer, muito menos ser rainha de cavalaria...
O rei Virata estava diante de uma verdadeira encruzilhada: Se ficasse o bicho o pegaria se corresse o bicho o comeria. Mas, quem estava mesmo perdido não precisava se preocupar muito com o melhor caminho. Por isso, sem saber que se tratava de Arjuna, botou o travesti como cocheiro de seu filho. Já em campo de guerra o disfarce acabou caindo por terra. Ninguém manejava o arco e flecha como aquele cocheiro, até então desconhecido. As cabeças rolavam e o sangue jorrava em bicas no exército inimigo. A vitória foi garantida.
Quando a guerra terminou o rei fez uma grande festa para receber seu filho. Chegou a desprezar o cocheiro pensando que o grande soldado da guerra fora seu filho. Foi preciso que o próprio filho lhe contasse a verdade. Só então, o rei percebeu que aquele travesti, na verdade, era um dos guerreiros mais temidos daquele tempo. As aparências, de fato, nos enganam...
Trazendo a história pra nossa realidade, sem querer forçar muito o texto, imagino que nossas vidas se desenvolvem num verdadeiro campo de batalha. Temos que matar um leão por dia para garantir a sobrevivência. Então lhe pergunto: - quem é o cocheiro de sua carruagem? Em outras palavras, quem conduz os seus passos e orienta você na luta do dia a dia?
Os cristãos também têm um “Deus escondido”. Escondido em nossa humanidade. “O Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós...” Você entregaria as rédeas de sua carruagem para ele ou procura contar só com as próprias forças?
Guerreando sozinhos, será que podemos vencer o inimigo? Quando o próprio Deus é o cocheiro de nossa carruagem a vitória está garantida de forma antecipada. Mas, sem Ele nada podemos fazer... Pense nisso!