Para Inglês ver...
Imagem de 진혁 최 por Pixabay O Brasil foi construído graças ao suor e sangue dos milhões de negros africanos que aportaram por a...
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Imagem de 진혁 최 por Pixabay |
“Os homens vivem ali na barbárie e na
selvageria, sem fornecer nenhum elemento à civilização. Por mais que
retrocedamos na história, acharemos que a África está sempre fechada no contato
com o resto do mundo, é um eldorado recolhido em si mesmo, é o país-criança,
envolvido na escuridão da noite, aquém da luz da história consciente (...)
Nesta parte principal da África, não pode haver história”(Cf:Revista
História Viva – Temas Brasileiros, Nº 03- 2006).
O negro que chegou ao Brasil era
considerado uma simples mercadoria ou ferramenta usada para enriquecer os
brancos. A cor da pele justificava uma suposta inferioridade racial. Enquanto
peça necessária ao funcionamento da engrenagem social a escravidão deveria ser
preservada. A terra brasileira foi irrigada com o sangue e suor dos africanos
que por aqui chegaram. Obviamente, ninguém queria libertar os escravos. As leis
que se criaram nesse sentido chegaram a ser engraçadas.
Ao assinar o Tratado de Comércio e
Navegação com a Inglaterra, D. João VI, rei de Portugal (1767-1826)
compromete-se com o fim do comércio dos escravos. Durante quinze anos nada se
fez nesse sentido, pois o rei era pressionado pelos grandes proprietários de
terras. Em 1825, os ingleses exigem que o Brasil marque uma data para extinguir
a escravidão. Por causa dessa pressão externa uma lei que proibia o comércio de
escravos foi votada em 1831. Como nunca foi colocada em prática a lei originou
a expressão “Para inglês ver”. Ainda pressionado pela Inglaterra, o Brasil vota
a lei Eusébio de Queiroz, em 1850, proibindo o tráfico de escravos.
A Lei do Ventre Livre é tão bizarra
quanto a Lei dos Sexagenários. A última concedia liberdade aos escravos após 60
anos. Como a maioria dos escravos morria antes, a lei caia no vazio. A primeira
concedia a liberdade aos escravos nascidos após 1871. O detalhe é que eles
deveriam ficar sob a tutela de seus senhores até completarem 21 anos... Por
fim, a Lei áurea, foi assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888. Os
escravos foram libertados com uma mão na frente e outra atrás.
Após mais de cem anos, desde a
assinatura da Lei Áurea, o Brasil ainda convive com a mancha da escravidão. De
acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), existem, atualmente
no país cerca de 25 mil trabalhadores submetidos à condições semelhantes à
escravidão. Essa violação aos direitos humanos representa uma vergonha nacional
(CF: Revista Brasil Responsável, SP, 2006).
Refletir sobre a escravidão negra é
buscar nas trevas do passado a experiência negativa que não deverá se repetir
no futuro. Mas, ao que parece, nunca conseguimos nos libertar totalmente da
escravidão. É uma pena! O futuro do país jamais deveria ser construído sobre as
lágrimas e o sofrimento dos pobres. Atualmente, parece que estamos andando na contra-mão da história, pois vemos crescer em nosso meio o racismo e o preconceito. Que pena! Quando é que vamos compreender que raça humana não tem cor?
Se respeitassem pelo menos as coisas de Deus, entenderiam porque Nossa Senhora apareceu no Brasil na cor negra. Né?
ResponderExcluirVerdade !
ExcluirInfelizmente o preconceito assola não somente condizente a cor, mas a muitas outras condições no tempo de hoje!!! Contudo percebo a possibilidade de mudanças positivas para um futuro bem próximo!
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