Natal: Deus morando entre nós
A palavra “casa” me lembra um monte de coisas boas: minha mãe, minha infância, cheiro de alho e café torrado... O conceito me desperta ...
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Um dia Deus tomou uma grande decisão: Veio morar conosco em
seu Filho Jesus. Armou sua tenda entre nós. E o Verbo se fez Carne e habitou
entre nós... e nós vimos a sua glória.
Entre nós, Jesus pode nadar no rio, participar de festa de casamento,
sentir cheiro de broas e jasmins... Rezou com os amigos, passeou e também
chorou de tristeza algumas vezes. Viu a
vida pulsar no coração e no semblante dos homens e mulheres de seu tempo. Como
todos nós, teve problemas com alguns relacionamentos marcados por inveja, ciúme,
ignorância e coisa parecida. Chegaram a acusá-lo de ser o chefe dos diabos!
Maldade pura! Mas, Jesus não se nivelou
com essas mesquinharias. Foi maior. Amou a todos apesar das maldades
humanas. Seu amor por nós foi tão grande
que engoliu a própria morte após a qual Jesus saiu vitorioso. Agindo assim,
mostrou-nos o melhor caminho a ser seguido: o amor. Quem ama, dizia um santo, pode fazer o que
quiser, pois sendo assim, nada fará de mal a ninguém.
Mas, voltemos à idéia da casa. Algumas vezes, Jesus falou-nos dela. Quando
adolescente, ao ver a angústia de sua mãe que o procurava afirmou: Não sabia
que devo cuidar das coisas de meu pai. Bom, naquele dia, ele foi encontrado no
templo, a Casa do Pai. Antes de morrer tranquilizou a turma dizendo: Vou
preparar-vos um lugar. Na casa de meu pai há muitas moradas. Ainda em outra
ocasião, nervoso, expulsou os vendedores do Templo dizendo: Vocês transformaram
a casa no meu pai num mercado! O zelo de Jesus pela casa do pai foi percebido pelos seus contemporâneos.
Hoje sabemos que Jesus mora, de forma sacramental em cada
sacrário de nossas igrejas. A Igreja é Casa de Deus. Mas, Igreja não é só um
prédio de tijolo e cimento. É também a Comunidade que crê. Cada um de nós é, ou
deveríamos ser, pedras vivas, nesse grande edifício espiritual chamado Igreja. Como “pedras vivas” somos portadores
de Cristo. A morada preferida de Deus é o nosso coração. Então, podemos ser
como sacrários ambulantes. Habitado por Deus, o coração humano passa a ser a
tenda (morada provisória) onde Deus habita. Um dia seremos todos chamados para
morar definitivamente na Casa de Deus. Por isso, é tão importante que hoje Ele
possa encontrar abrigo em nossos corações!