Ostentação
Cada tempo traz em seu ventre algumas palavras e hábitos. Uma das palavras que ganhou destaque em nossos dias é a palavra “ostentação”. ...
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Cada tempo traz em seu ventre algumas palavras e hábitos. Uma das palavras que ganhou destaque em nossos dias é a palavra “ostentação”. Ostentar é se exibir com vaidade. É imitar o pavão, ou seja, pavonear-se…
Vivemos numa cultura de aparências. Basta ver as colunas sociais onde todos aparecem sorrindo e com caras de felicidade. Ninguém confessa que está com o nome no SPC ou Serasa… O que importa é exibir a própria cauda e esconder o “calcanhar de aquiles”, ou seja, o seu ponto fraco. O pavão está na moda. Sustentado pela maquiagem publicitária, o pavão vem disfarçado de empresário, intelectual, ou até líder religioso… Mas, é bom lembrar aquela historinha infantil que marcou o nosso imaginário. É a fábula do corvo e o pavão atribuída a Monteiro Lobato. Vou reproduzi-la abaixo:
O pavão, de roda aberta em forma de leque, dizia com desprezo ao corvo: -Veja
como sou belo! Que cauda, hein? Que cores, que maravilhosa plumagem! Sou das aves a mais formosa, a mais perfeita, não?
- Não há dúvida que você é um belo bicho, disse o corvo. Mas, está longe da perfeição!
- Quem quer criticar-me! Um bicho preto, capenga, feio e, além disso, ave de mau agouro... Que falha você vê em mim, ó tição de penas?
O corvo respondeu: -Noto que para abater o orgulho dos pavões a natureza lhes deu um par de patas que, faça-me o favor, envergonharia até o demo...
O pavão, que nunca tinha reparado nos próprios pés, abaixou-se e contemplou-os longamente. E, desapontado, foi andando o seu caminho sem dizer coisa alguma.
Tinha razão o corvo: “não há beleza sem senão”…
A síndrome do pavão atacou o nosso tempo. Faltam passarelas para tantos narcisos! Alguns adolescentes chegam ao absurdo de furtar relógios, tênis de marca ou pulseiras apenas para se exibirem com tais joias no Facebook. A internet tornou-se uma vitrine para esses narcisos modernos que preferem deixar de comer para ostentar aparência. Vazio de nosso tempo! O que diriam os grandes santos sobre isso? Os grandes santos sempre colocaram a humildade em primeiro lugar em suas vidas.
Conta a biografia de Santo Antônio que ele, mesmo sendo um grande orador, talvez, o maior de sua época, permaneceu boa parte da vida em profundo silêncio e dedicando seu tempo aos serviços mais humildes do convento. Só foi descoberto, enquanto tal, no dia que, por obediência, fez uma homilia de ordenação substituindo o orador convidado que, por alguma razão, não pode comparecer ao evento. Após sua homilia ele deixou todos de boca aberta pois nunca tinham ouvido alguém falar com tanta sabedoria e conhecimento bíblico. Por isso, chegou a ser chamado de “Arca do Testamento”, pois conhecia com grande profundidade a Sagrada Escritura.
A Humildade não combina com a lógica da ostentação. Humildade vem de humus, ou seja, de terra. O humilde sabe que ele é pó da terra e não mais do que isso. O vaidoso pode ser comparado a um balão. O balão impressiona mas não tem outro conteúdo a não ser o vento. Basta a ponta de uma agulha para que ele se transforme num monte inútil de pelancas… Um alfinete apenas pode destruir o universo de muita gente!
Vivemos numa cultura de aparências. Basta ver as colunas sociais onde todos aparecem sorrindo e com caras de felicidade. Ninguém confessa que está com o nome no SPC ou Serasa… O que importa é exibir a própria cauda e esconder o “calcanhar de aquiles”, ou seja, o seu ponto fraco. O pavão está na moda. Sustentado pela maquiagem publicitária, o pavão vem disfarçado de empresário, intelectual, ou até líder religioso… Mas, é bom lembrar aquela historinha infantil que marcou o nosso imaginário. É a fábula do corvo e o pavão atribuída a Monteiro Lobato. Vou reproduzi-la abaixo:
O pavão, de roda aberta em forma de leque, dizia com desprezo ao corvo: -Veja
como sou belo! Que cauda, hein? Que cores, que maravilhosa plumagem! Sou das aves a mais formosa, a mais perfeita, não?
- Não há dúvida que você é um belo bicho, disse o corvo. Mas, está longe da perfeição!
- Quem quer criticar-me! Um bicho preto, capenga, feio e, além disso, ave de mau agouro... Que falha você vê em mim, ó tição de penas?
O corvo respondeu: -Noto que para abater o orgulho dos pavões a natureza lhes deu um par de patas que, faça-me o favor, envergonharia até o demo...
O pavão, que nunca tinha reparado nos próprios pés, abaixou-se e contemplou-os longamente. E, desapontado, foi andando o seu caminho sem dizer coisa alguma.
Tinha razão o corvo: “não há beleza sem senão”…
A síndrome do pavão atacou o nosso tempo. Faltam passarelas para tantos narcisos! Alguns adolescentes chegam ao absurdo de furtar relógios, tênis de marca ou pulseiras apenas para se exibirem com tais joias no Facebook. A internet tornou-se uma vitrine para esses narcisos modernos que preferem deixar de comer para ostentar aparência. Vazio de nosso tempo! O que diriam os grandes santos sobre isso? Os grandes santos sempre colocaram a humildade em primeiro lugar em suas vidas.
Conta a biografia de Santo Antônio que ele, mesmo sendo um grande orador, talvez, o maior de sua época, permaneceu boa parte da vida em profundo silêncio e dedicando seu tempo aos serviços mais humildes do convento. Só foi descoberto, enquanto tal, no dia que, por obediência, fez uma homilia de ordenação substituindo o orador convidado que, por alguma razão, não pode comparecer ao evento. Após sua homilia ele deixou todos de boca aberta pois nunca tinham ouvido alguém falar com tanta sabedoria e conhecimento bíblico. Por isso, chegou a ser chamado de “Arca do Testamento”, pois conhecia com grande profundidade a Sagrada Escritura.
A Humildade não combina com a lógica da ostentação. Humildade vem de humus, ou seja, de terra. O humilde sabe que ele é pó da terra e não mais do que isso. O vaidoso pode ser comparado a um balão. O balão impressiona mas não tem outro conteúdo a não ser o vento. Basta a ponta de uma agulha para que ele se transforme num monte inútil de pelancas… Um alfinete apenas pode destruir o universo de muita gente!