Economia em primeiro lugar
O povo continua precisando da carne. Mas, o que importa não são as necessidades das pessoas, mas, as condições do mercado. Se o preço da ...
https://ggpadre.blogspot.com/2017/07/economia-em-primeiro-lugar.html?m=0
O povo continua precisando da carne. Mas, o que importa não são as necessidades das pessoas, mas, as condições do mercado. Se o preço da carne caiu, então, é melhor que o boi fique no pasto!
O povo comprou a carne embutida misturada com o papelão. Mas, a saúde do povo não interessa. O que interessa é ganhar dinheiro nem que para isso tenha que comprar dezenas de políticos corruptos.
A água está poluída e mal cheirosa. Mas, não podemos falar nada. A empresa pode mudar-se e o povo perderá o emprego.
O material empregado na mineração é tóxico. Mas, desde quando a saúde vem em primeiro lugar no altar da economia?
As afirmações acima, nos são bastante familiares, pois as ouvimos todos os dias. Elas nos fazem pensar que a vida foi colocada de lado em vista de valores bem menores como, por exemplo, o lucro e o enriquecimento de poucos. E o pior é que corremos o risco de nos acostumar com isso pensando que se trata de algo normal. Não pode ser normal qualquer coisa que ponha em cheque o valor da vida no planeta. Primeiro a vida, depois todo o resto!
O Evangelho nos mostra uma situação que pode iluminar nossa reflexão. Trata-se do texto de São Mateus (Mt 8,28-34). Jesus e seus discípulos chegaram a uma região pagã conhecida por Gadara. Podemos deduzir que fosse uma região habitada por não judeus, pois ali havia uma criação de porcos. Os judeus não costumavam criar porcos, pois esses eram considerados animais impuros. Havia nessa região um jovem que sofria imensamente. O Evangelho fala que ele estava possuído pelo mal. O olhar de Jesus é cheio de misericórdia. Por isso ele libertou esse jovem e permitiu que o espírito maligno se apossasse dos porcos. A vara de porcos não aguentou o que o jovem aguentava sozinho. Por isso, saiu em disparada afogando-se no mar. A cidade inteira, amedrontada, foi a Jesus e pediu sua retirada da região.
Esse trecho do Evangelho leva-nos a muitos questionamentos. Vejam bem: - Ninguém perguntou pela saúde dos moços que foram curados. Preocuparam-se com o prejuízo gerado pela morte dos suínos. Não pensaram duas vezes ao pedir que Jesus fosse embora. Afinal, foi ele o culpado pelo prejuízo econômico! Talvez, fosse melhor manter os porcos ainda que os moços continuassem doentes, afinal, já haviam se acostumados à situação. Aquilo era um probleminha deles. Naquele tempo já valia o ditado: Pimenta no olho do outro é refresco...
Diante do que foi exposto permanece a pergunta: - Até que ponto é com a vida e com o bem estar das pessoas que nós nos preocupamos? Quando a vida parece ameaçada por diversos fatores, não teríamos que mudar o nosso comportamento? Sei que isso já preocupa uma boa parte das pessoas. Outra parte, no entanto, ainda continua a preocupar-se apenas com os porcos...
O povo comprou a carne embutida misturada com o papelão. Mas, a saúde do povo não interessa. O que interessa é ganhar dinheiro nem que para isso tenha que comprar dezenas de políticos corruptos.
A água está poluída e mal cheirosa. Mas, não podemos falar nada. A empresa pode mudar-se e o povo perderá o emprego.
O material empregado na mineração é tóxico. Mas, desde quando a saúde vem em primeiro lugar no altar da economia?
As afirmações acima, nos são bastante familiares, pois as ouvimos todos os dias. Elas nos fazem pensar que a vida foi colocada de lado em vista de valores bem menores como, por exemplo, o lucro e o enriquecimento de poucos. E o pior é que corremos o risco de nos acostumar com isso pensando que se trata de algo normal. Não pode ser normal qualquer coisa que ponha em cheque o valor da vida no planeta. Primeiro a vida, depois todo o resto!
O Evangelho nos mostra uma situação que pode iluminar nossa reflexão. Trata-se do texto de São Mateus (Mt 8,28-34). Jesus e seus discípulos chegaram a uma região pagã conhecida por Gadara. Podemos deduzir que fosse uma região habitada por não judeus, pois ali havia uma criação de porcos. Os judeus não costumavam criar porcos, pois esses eram considerados animais impuros. Havia nessa região um jovem que sofria imensamente. O Evangelho fala que ele estava possuído pelo mal. O olhar de Jesus é cheio de misericórdia. Por isso ele libertou esse jovem e permitiu que o espírito maligno se apossasse dos porcos. A vara de porcos não aguentou o que o jovem aguentava sozinho. Por isso, saiu em disparada afogando-se no mar. A cidade inteira, amedrontada, foi a Jesus e pediu sua retirada da região.
Esse trecho do Evangelho leva-nos a muitos questionamentos. Vejam bem: - Ninguém perguntou pela saúde dos moços que foram curados. Preocuparam-se com o prejuízo gerado pela morte dos suínos. Não pensaram duas vezes ao pedir que Jesus fosse embora. Afinal, foi ele o culpado pelo prejuízo econômico! Talvez, fosse melhor manter os porcos ainda que os moços continuassem doentes, afinal, já haviam se acostumados à situação. Aquilo era um probleminha deles. Naquele tempo já valia o ditado: Pimenta no olho do outro é refresco...
Diante do que foi exposto permanece a pergunta: - Até que ponto é com a vida e com o bem estar das pessoas que nós nos preocupamos? Quando a vida parece ameaçada por diversos fatores, não teríamos que mudar o nosso comportamento? Sei que isso já preocupa uma boa parte das pessoas. Outra parte, no entanto, ainda continua a preocupar-se apenas com os porcos...