O conselho acima foi dado por Jesus. Ele sugere uma lista de pessoas que deveriam ser convidadas para os nossos banquetes: Estropiados, coxos, cegos enfim, os pobres. Esses não tem como retribuir-nos o convite. Deus então, nos retribuirá por eles. O “investimento nos pobres” também rende juros que serão quitados no céu. Aliás, talvez, seja este o melhor investimento tendo em vista que, dos outros, nada se leva para o além. Mas, na verdade quem pensa nisso? Quais os ricos estão preocupados com o céu se já vivem o paraíso na terra? - Bem, nem todo mundo é igual. Além do mais, o critério de salvação de Deus não é a carteira cheia ou vazia e sim o coração humano. Conheço ricos avarentos e pobres avarentos também. Ricos e pobres correm, igualmente, o risco de serem escravos do muito, ou do pouco, que tem.
O anúncio de Jesus é dirigido a todos. Todos são convidados ao banquete. Mas, é preciso lembrar que Deus nos ama com amor de mãe. A mãe ama igualmente os filhos, mas se algum passa mais dificuldades ela lhe dá uma atenção maior. Por isso, dizemos que os pobres são os preferidos de Deus. O Filho de Deus se fez pobre e, como tal, veio morar entre nós. Agindo assim, ele nos pede um compromisso maior com os menos favorecidos. Isso pode ser feito de diversas maneiras. Conheço uma senhora abastada que, na festa de seu aniversário, pediu aos amigos que lhe dessem de presente o que pudessem em fraudas descartáveis. Muitos não entenderam as razões desse pedido inusitado. Mas, para não perderem a festa levaram os pacotes de fraudas que depois foram repassados ao asilo da cidade. Achei bastante criativa essa forma que ela encontrou de comemorar seu aniversário fazendo um “investimento” nos pobres.
Noutra ocasião, um casal de noivos me surpreendeu quando, em vez da festa do casamento, à qual teria direito, preferiu fornecer um jantar em benefício de uma creche e mandou um convite aos amigos. Após o casamento todos deveriam comparecer ao jantar para comemorarem com eles aquela data tão especial. O jantar foi um sucesso. Eles celebraram com os amigos e ainda fizeram um grande bem. Esse casamento ficou tão diferente que entrou para a história daquele povo.
Acho que precisamos ser criativos para fazer o bem. Não custa nada pedir um quilo de alimento ou um litro de leite para quem quiser ver um show. Todos saem ganhando. Os artistas, a plateia e, sobretudo, os mais pobres. Faz bem, fazer o bem. Precisamos aprender isso. Hoje você ajuda, amanhã poderá ser ajudado. Eu nem consigo imaginar o quanto rende um clássico esportivo num grande estádio. Imagine se, de vez em quando, esse público fosse incentivado a fazer o bem? Quanto renderia para uma comunidade carente um clássico no Mineirão, por exemplo? Talvez, seja sonhar demais, ou talvez isso até já aconteça e eu nem sei. Seja como for vale a dica. Apenas a camisa de um jogador famoso autografada, quanto valeria? Também não sei. Mas, acho que atitudes assim, não deixaria ninguém mais pobre e poderiam fazer grandes diferenças na vida de muitos.
Gostaria, finalmente, de dizer que, em nome da caridade, não podemos fazer qualquer negócio ou topar qualquer parada. Acho que não vale à pena fazer uma festa regada à álcool em benefício de uma clínica de recuperação, por exemplo. Também acho que não seria legal num encontro em defesa da família que o álcool fosse liberado sendo que, ele é a causa de destruição de muitas famílias. As vítimas que o digam! Não podemos aceitar uma “lavagem de dinheiro” ainda que seja para ajudar aos mais pobres. Caso contrário, acabaríamos sendo incoerentes. Por isso, devemos pensar bem, até para aceitarmos uma ajuda. Conforme a ajuda que recebermos o preço, por ela, poderá sair caro demais. Pense nisso!
Imagem de Arghya Mondal por Pixabay
Excelente texto para nossa reflexão e postura de vida. O senhor fala por experiência em festas das paróquias por onde passa e um sucesso sem bebida alcoólica.
ResponderExcluir