Embriaguez
O Vento de Deus soprou sobre mim. Sem causa aparente fui tomado por um gozo intenso. O prazer de estar vivo me invadiu-me e por isso, f...
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O Vento de Deus soprou sobre mim. Sem causa aparente fui tomado por um gozo intenso. O prazer de estar vivo me invadiu-me e por isso, fiz uma festa. Deus não tem hora. Ele me aborda no banho ou durante as refeições. Ainda outro dia fui abordado por Ele bem na hora do almoço. Estava sozinho. Então parei de almoçar para recebê-lo. Sua visita deu sentido para a rotina do meu dia. Devo dizer, que amo a rotina. Nunca me canso de meu feijão com arroz. Aliás, não saberia viver sem eles. Você já se imaginou comendo batatas a vida toda? Mas, tudo tem limites. Para sair um pouco da mesmice comi, recentemente, arroz com queijo no almoço. À noite variei comendo queijo com arroz. A ordem das coisas é que muda tudo! O queijo combina comigo. Pode estar fresco, curado ou com furinho, não importa!
Estou lendo um
bom livro e por isso tenho viajado muito.
Já percorri o mundo inteiro sem sair do lugar. Da solidão, só conheço a
palavra. Como estar só ignorando a grande sensação de presença que me invade?
Como não perceber a presença de Deus, se Ele me olha por sobre a fruteira, me
fala através do grilo e me assusta pelos relâmpagos? Onde Deus está? – Prefiro
inverter a pergunta: - Onde Ele não está?
Deus é o “sem
tempo”, infinito, que me põe mudo e me faz dançar sem música. É o “nada” que me
cerca e me abraça de todos os lados. Ele me invade os sentidos e me deixa mudo
feito criança pobre encantada com brinquedo novo. É Ele quem toca minha pele,
me esquenta o peito e me faz escrever. As palavras se escorrem pelos dedos e se
juntam ao texto na brancura do papel.
Algumas brotam com facilidade e facilmente se casam com as demais.
Outras relutam e não escondem a rebeldia ao nascer. Palavras são oráculos que
ficaram embaraçados nas teias dos sentimentos. São boas quando espontâneas;
pobres quando nossas; ricas quando divinas.
Senhor, fazei de mim um instrumento, de preferência afinado, para captar
as palavras e transformá-las em
canto. Quero buscar a palavra viva, que ainda pula na memória,
palavra que se fez carne e habitou entre
nós. Quero abrigar a palavra santa, me embriagar dela e sair cantando pelo
mundo: Deus existe. Por isso, sou feliz.
Imagem de Dirk Wohlrabe por Pixabay
Imagem de Dirk Wohlrabe por Pixabay
..."O Vento de Deus soprou sobre mim. Sem causa aparente fui tomado por um gozo intenso. O prazer de estar vivo me invadiu-me e por isso, fiz uma festa. Deus não tem hora. Ele me aborda no banho ou durante as refeições. Ainda outro dia fui abordado por Ele bem na hora do almoço. Estava sozinho. Então parei de almoçar para recebê-lo. Sua visita deu sentido para a rotina do meu dia. Devo dizer, que amo a rotina. Nunca me canso de meu feijão com arroz. Aliás, não saberia viver sem eles. Você já se imaginou comendo batatas a vida toda? Mas, tudo tem limites. Para sair um pouco da mesmice comi, recentemente, arroz com queijo no almoço. À noite variei comendo queijo com arroz. A ordem das coisas é que muda tudo! O queijo combina comigo. Pode estar fresco, curado ou com furinho, não importa!.."
ResponderExcluir.."Deus é o “sem tempo”, infinito, que me põe mudo e me faz dançar sem música. É o “nada” que me cerca e me abraça de todos os lados. Ele me invade os sentidos e me deixa mudo feito criança pobre encantada com brinquedo novo. É Ele quem toca minha pele, me esquenta o peito e me faz escrever. .."
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