Os Santos

Gosto de nomear meus textos com títulos curtos. A ideia inicial para intitular esse artigo seria: - Os Santos, esses nossos irmãos! Gost...

Gosto de nomear meus textos com títulos curtos. A ideia inicial para intitular esse artigo seria: - Os Santos, esses nossos irmãos! Gosto de ver os santos como irmãos de caminhada. Tenho insistido muito nessa questão. Santos não são super-heróis e nem tinham ligações  diretas com Deus. Haja vista, que alguns deles, ou delas, viveram tempos difíceis de secura espiritual. Isso aconteceu com São Francisco de Sales, com São Vicente, Tereza de Calcutá e muitos outros. Madre Tereza chegou a pensar que Deus não estava satisfeito com ela! Não deve ter sido fácil, pois, via de regra, os santos já possuem muitos inimigos. 

Os santos foram pessoas que, em suas épocas, souberam amar a Deus e colocá-lo, em primeiro lugar nas suas vidas. Mas, enquanto viviam, nem sempre, foram compreendidos. Às vezes, a incompreensão começava dentro de casa, como foi o caso de São Francisco de Assis. Seu pai o queria comerciante enquanto ele queria ser único! 

Alguns hagiógrafos (pessoas que escrevem  sobre a vida dos santos) parecem deformar os santos. Costumam mostrá-los com cara sonsa de quem anda, absolutamente, indiferentes ao mundo com seus conflitos. Às vezes, os transformam em milagreiros e exageram nesse ponto. Vendo a imagem de Santo Antônio, por exemplo, é difícil imaginá-lo pregando, de forma enérgica, em praça pública contra os agiotas do seu tempo. É difícil entender que Tereza de Calcutá foi expulsa do convento porque arranjava problemas demais. Os problemas no caso, eram os pobres que, aos montes, apinhavam-se,  pelas ruas de Calcutá. São Geraldo Magela foi pintado com cara de morto, mas não podemos nos esquecer que ele “fugiu de casa para ser santo”.

Os santos são nossos irmãos que tiveram uma vida tão exemplar que, mesmo após a morte, continuam sendo referência para todos nós. Eles estão no céu porque “lavaram e alvejaram suas roupas no sangue do Cordeiro”.  Alguns se identificaram, profundamente, com o Cordeiro Imolado. Chegaram a derramar o próprio sangue por amor, como é o caso de São Sebastião e São Maximiliano Kolbe que trocou sua vida pela vida de outro prisioneiro condenado à morte. Na verdade, existem mais santos do que nós podemos conhecer. Alguns foram declarados como tais pela Igreja. Mas, há uma grande maioria de homens e mulheres, cujos nomes nem conhecemos, que foram santos em suas vidas. Outros já foram canonizados apenas no coração do povo. 

Os santos são como estrelas no céu. Nas noites escuras da humanidade eles brilham indicando-nos o melhor caminho a seguir. Cada um de nós, pode ser santo do seu jeito. Não há um único modelo de santidade. Alguns se santificaram junto aos pobres, outros junto aos jovens, como Dom Bosco, outros com os indígenas... Isso é bom. Ainda temos chances! Deus é criativo e abriu-nos, diversas possibilidades de acesso a ele. Podemos ser santos com a caneta ou com a viola na mão. Cada um do seu jeito pode subir um degrau, a mais, na escada da santidade.  A semente da santidade já nos foi dada, pois, Deus é Santo. Nós somos seus filhos. Filho de peixe, peixinho é.  Ser santo não é privilégio de alguns. Todos são chamados. Pena que o pecado, costuma falar mais alto em nossas vidas. O próprio São Paulo chegou a reclamar dizendo: Deixo de fazer o bem que eu quero e acabo fazendo o mal que não quero. Isso nos consola. Se até o grande apóstolo teve dificuldades, então, seria querer demais que nós não as tivéssemos. 
A escada da santidade é longa. Mas, a gente sobe um passo de cada vez. Que Deus nos ajude!

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