Conversão

Alguém já disse que a roda foi a maior invenção da humanidade. De fato, muitas coisas mudaram,  no mundo, por causa de tal  descoberta. ...

Alguém já disse que a roda foi a maior invenção da humanidade. De fato, muitas coisas mudaram,  no mundo, por causa de tal  descoberta. Uma roda não existe sem um centro sobre o qual as forças se apoiam. Imagine uma roda de bicicleta! Ela tem um eixo central onde os raios se encaixam para que o peso do condutor seja bem distribuído no seu aro.

Olhando o exemplo da roda poderíamos perguntar pelo centro de nossas vidas. Se não temos um centro onde todos os valores se apoiam corremos o risco de nos perder na multiplicidade dos apelos que nos atraem em todas as direções. O leitor já deve ter percebido que estou querendo falar de Deus. Na vida de muita gente, inclusive na minha, Deus é o centro. Isso, não significa abandono às diversas realidades do mundo. Aliás, nem seria possível. Talvez, nos sirva aqui,  o conselho de Paulo aos Coríntios: Os que tem mulher vivam como se não tivessem... Os que choram como se não chorassem... Os que compram como se não possuíssem... Esse mundo é breve (1Cor 7,29 -31). Outros poderiam questionar: - Mas, se a morte é certa e a vida é curta, então não seria melhor se esbaldar agora: - Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos (Is 22,13)?  Muitos adotaram para si essa orientação de vida. Ela parece mais sensata e agradável.  Nesse caso, precisamos questionar a própria ideia da morte enquanto o fim de tudo. Amanhã morreremos... E daí? – O que vem depois? 

Vivemos num mundo carregado de promessas e receitas de felicidade. Não raro, embarcamos nessas propostas para depois perceber que  fomos enganados!  Por isso, precisamos sempre de conversão.  A palavra conversão é uma palavra forte e significa mudança de mentalidade. “Converter-se” é transformar a mentalidade, o jeito de viver. É assumir novas atitudes e reformular os valores que orientam nossa vida. É colocar Deus, novamente, no centro de nossas vidas. Isso não significa que devemos nos isolar do mundo e sermos indiferentes a tudo. Não. Trata-se de estabelecer uma hierarquia de valores. O final do campeonato eu não quero perder. Mas, se é aniversário da esposa, ela deve vir em primeiro lugar. Sair de férias é um direito, mas se o filho adoeceu então, devo sacrificar a viagem. E daí por diante. Ter Deus no centro da nossa existência não é viver infeliz. Pelo contrário, infeliz é que não sabe de onde vem para onde vai e o que faz nesse mundo... Sem Deus a vida é burra, dizia Riobaldo, personagem de Guimarães Rosa. Quando falta um eixo em nossas vidas chutamos a bola em todas as direções sem saber onde fica o gol. 
Vale a pena pensar nisso!

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