A Palavra de Deus tirada do Livro dos Números (Nm 11,25-29), bem que poderia realçar muitas situações atuais. Com a sabedoria própria da catequese, a passagem retrata uma questão clara de ciúmes que, se não fosse bem encaminhada por Moisés, poderia dividir, mais do que unir, o povo no deserto.
O livro mostra diversas situações de um povo que, atravessando o deserto, aprende a construir a si mesmo enquanto povo livre e responsável pelo próprio destino. Ser livre não é fácil, pois implica em arcar com o peso das próprias decisões. Talvez, por isso, o povo de Deus, volta e meia, tinha recaídas e desejos de volta ao passado. Dizia que no Egito era feliz e não sabia... Lá, era escravo, mas pelo menos tinha cebola e carne cozida (Êx 16,3). Vejam bem: a falta de juízo fazia o povo querer trocar a própria liberdade por um prato de carne com cebola... Essa situação me faz lembrar muitas realidades com as quais nos deparamos em nossa pastoral. Quantos maridos trocam as esposas por mariposas... quantos filhos trocam os pais por aventuras mortais... quantos trocam um banquete por um sanduiche na rua... Mas, voltemos ao nosso texto. Pois bem, Moisés já não aguentando mais tanta murmuração do seu povo reclama para Deus e Deus o aconselha a montar uma equipe de setenta anciãos e dividir com eles a responsabilidade de conduzir o povo. Moisés fez tudo como Deus mandou e organizou uma assembleia para consagrar esses anciãos. Dois nomes que estavam na lista( Heldad e Meldad), certamente, por justas razões, não compareceram à cerimônia e mesmo ausentes também receberam o Espírito Santo. Acontece que, alguém os viu profetizar em seguida e, foi logo, “dedurar” para Josué. Josué reclama para Moisés. Como é que pode, eles nem aqui apareceram e agora já estão profetizando? Queria que Moisés tomasse medidas duras contra os dois “velhos rebeldes”...
Moisés, no alto de sua maturidade sabia que ele não controlava o Espírito Santo e nem era dono de Deus. Sabia que Deus, independentemente de qualquer hierarquia podia agir livremente. Por isso, disse: Você está com ciúmes? – Quem dera que todo o povo fosse profeta! Quanta sabedoria podemos constatar nessa fala de Moisés! Muitas vezes, nós queremos ser os controladores de Deus. Achamos que Ele não pode agir em outras religiões diferentes da nossa... que é brasileiro... que só salvará os atleticanos... que só fará chover em nosso quintal...
A reflexão sobre essa passagem bíblica ajuda-nos a conviver com as diferenças e ser menos intolerantes com aqueles que não estão em nossos clubinhos, ou grupinhos. Moisés soube acolher os dois anciãos e manter o povo unido em vista do mesmo ideal. Santo Agostinho dizia algo assim: Nas coisas mais importantes a unidade, nas menos importantes a liberdade e em tudo a caridade. Como seria bom se déssemos conta de colocar isso em prática. As brigas internas movidas, na maioria das vezes, por invejas e ciúmes, enfraquecem o todo. A “caridade” me ajuda a suportar o outro e faz com que ele me suporte. Mas, quando falta esse combustível o que sobra é a intolerância, a divisão. Quem ganha, nesse caso é o inimigo de Deus. Pense nisso!
O livro mostra diversas situações de um povo que, atravessando o deserto, aprende a construir a si mesmo enquanto povo livre e responsável pelo próprio destino. Ser livre não é fácil, pois implica em arcar com o peso das próprias decisões. Talvez, por isso, o povo de Deus, volta e meia, tinha recaídas e desejos de volta ao passado. Dizia que no Egito era feliz e não sabia... Lá, era escravo, mas pelo menos tinha cebola e carne cozida (Êx 16,3). Vejam bem: a falta de juízo fazia o povo querer trocar a própria liberdade por um prato de carne com cebola... Essa situação me faz lembrar muitas realidades com as quais nos deparamos em nossa pastoral. Quantos maridos trocam as esposas por mariposas... quantos filhos trocam os pais por aventuras mortais... quantos trocam um banquete por um sanduiche na rua... Mas, voltemos ao nosso texto. Pois bem, Moisés já não aguentando mais tanta murmuração do seu povo reclama para Deus e Deus o aconselha a montar uma equipe de setenta anciãos e dividir com eles a responsabilidade de conduzir o povo. Moisés fez tudo como Deus mandou e organizou uma assembleia para consagrar esses anciãos. Dois nomes que estavam na lista( Heldad e Meldad), certamente, por justas razões, não compareceram à cerimônia e mesmo ausentes também receberam o Espírito Santo. Acontece que, alguém os viu profetizar em seguida e, foi logo, “dedurar” para Josué. Josué reclama para Moisés. Como é que pode, eles nem aqui apareceram e agora já estão profetizando? Queria que Moisés tomasse medidas duras contra os dois “velhos rebeldes”...
Moisés, no alto de sua maturidade sabia que ele não controlava o Espírito Santo e nem era dono de Deus. Sabia que Deus, independentemente de qualquer hierarquia podia agir livremente. Por isso, disse: Você está com ciúmes? – Quem dera que todo o povo fosse profeta! Quanta sabedoria podemos constatar nessa fala de Moisés! Muitas vezes, nós queremos ser os controladores de Deus. Achamos que Ele não pode agir em outras religiões diferentes da nossa... que é brasileiro... que só salvará os atleticanos... que só fará chover em nosso quintal...
A reflexão sobre essa passagem bíblica ajuda-nos a conviver com as diferenças e ser menos intolerantes com aqueles que não estão em nossos clubinhos, ou grupinhos. Moisés soube acolher os dois anciãos e manter o povo unido em vista do mesmo ideal. Santo Agostinho dizia algo assim: Nas coisas mais importantes a unidade, nas menos importantes a liberdade e em tudo a caridade. Como seria bom se déssemos conta de colocar isso em prática. As brigas internas movidas, na maioria das vezes, por invejas e ciúmes, enfraquecem o todo. A “caridade” me ajuda a suportar o outro e faz com que ele me suporte. Mas, quando falta esse combustível o que sobra é a intolerância, a divisão. Quem ganha, nesse caso é o inimigo de Deus. Pense nisso!
Padre, quanta verdade. E uma coisa que sempre quando posso, eu falo com as pessoas, o que aprendi com o Senhor num curso de catequese, bem no início da minha caminhada. (o ano a gente deixa pra lá). O Senhor disse que de nada valeria cursos e mais cursos de formação teológica se então entendermos que a maior religião é o AMOR, a caridade.
ResponderExcluirRealmente o ciúme destrói os relacionamentos e promove a discórdia e a separação. Ciúme é uma coisa doentia e falta de confiança.
ResponderExcluirLinda reflexão. Muito a pensar..."Santo Agostinho dizia algo assim: Nas coisas mais importantes a unidade, nas menos importantes a liberdade e em tudo a caridade. " Esta verdade precisa entrar em nosso coração.
ResponderExcluirQue linda reflexão,Padre Geraldo Gabriel! Como é difícil superar as dificuldades da caminhada de fé! Mas,quando acreditamos num Deus que nos liberta,vivemos unidos.Um ajudando o outro e rezando junto com os Padres.Quando, pedimos ajuda as pessoas que tem mais condições,e ouvindo a orientação do nosso Pároco,a dificuldade é superada.As dificuldades de caminhar pelo deserto da vida,existem,e temos que enfrentar.A sede,a fome, a falta de fé na palavra de Deus,continua sofrer multidões.Mas devemos ser perseverantes, observar a Lei de Deus.Sendo coerentes.A obediência nos pedidos e ordens de Deus,isto faz a gente
ResponderExcluirviver como irmãos e trabalhar numa comunidade sadia.Na santidade,com Espírito Fraterno,onde a comunidades possam confiar no Líder,onde o ciúme jamais domina!
Viver em comunidade, um relacionamento, é um sacrifício e um doar-se constante, na minha opinião. Temos pessoas de todos os jeitos, costumes, raças e cores. Saber lidar com essa diversidade, é um dom. Principalmente nesse tempo de política aí. Se vc não me apoia é porque está apoiando o outro. Fazer um papel de não apoiar ninguém, trás um olhar diferente dos leigos que estão dentro da igreja e da política ao mesmo tempo. Nada contra, só não me encaixo nesse grupo. Ciúmes vai existir em qualquer lugar que eu ocupe.
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