Que mundo é esse?

Confesso que esse mundo cada vez me surpreende mais. Sempre fui otimista e acreditei que a humanidade caminhasse para um amadurecime...


Confesso que esse mundo cada vez me surpreende mais. Sempre fui otimista e acreditei que a humanidade caminhasse para um amadurecimento, sobretudo, no tocante à convivência humana. Mas, infelizmente, vejo a cada momento, situações que me dizem o contrário. Hoje, o mundo está todo interligado pela tecnologia. Vencemos, enfim, às distancias físicas. Podemos conversar em tempo real com qualquer pessoa em qualquer parte do planeta. Apesar disso, o homem continua a confirmar a tese do “lobo do homem”. Será que temos que seguir esse destino de sermos lobos em vez de irmãos? Agora ouça a  notícia do atentado em uma boate na Orlando, Estados Unidos. Saldo?  - Mais de cinquenta mortos e mais de cinquenta feridos... A motivação parece ser homofobia, tendo em vista que a boate, era frequentada pelo público homossexual. Mas, nessa terra tão grande será que não há lugar para quem seja diferente da maioria, pense ou aja de forma diferente? 
A humanidade cresceu em muitos aspectos. Vencemos doenças e conquistamos os espaços. Entendemos o funcionamento de muitas máquinas começando pela mais complexa de todas que é o corpo humano. Apesar disso, andamos na contra mão no que diz respeito à convivência humana. Cresceram os mecanismos da morte: terrorismos, intolerância, homofobia, racismo... Que pena, meu Deus! Acho que Deus está magoado com tudo isso. Ele não nos criou para o duelo mas para o abraço. Andamos com medo uns dos outros. A cidade tornou-se uma fortaleza onde a convivência se torna cada vez mais difícil. Corremos o risco de vivermos aprisionados no medo ou na indiferença. 
Nesse cenário a Igreja pode fazer diferença e acho que faz. Fico feliz ao ver o Papa Francisco abraçar budistas, judeus e muçulmanos. Afinal, somos todos irmãos e filhos do mesmo Pai. Francisco tem sido um exemplo para o mundo e para nós. É preciso vencer essa “globalização da indiferença” e lutar por um mundo mais tolerante e fraterno. 
Quanto à intolerância gostaria de comentar também algo que tem chamado muito minha atenção. Tratam-se  de certos comentários após alguns vídeos postados na internet com entrevistas de pessoas que são ou foram referências no passado. Os comentários são desrespeitosos e agressivos. Na maioria das vezes, são preconceituosos e carregados de ódio. Suspeito que esses comentários partam, em sua maioria, de pessoas mais jovens, tendo em vista a falta de familiaridade dos mais velhos com os meios digitais. Caso isso seja verdade a coisa se torna ainda mais preocupante. O que iremos enfrentar pela frente? Isso aponta para uma recaída aos tempos mais sombrios de nossa história.  Mas, não podemos responsabilizar  os jovens. Afinal, que  exemplos eles estão tendo dos mais velhos? Vejam que grande parte dos políticos que envergonham nosso país já passou dos sessenta anos. Que pena! É preciso ter madeira de santo para cultivar o otimismo nesse mundo tão marcado por ódios e divisões. Que Deus nos ajude a vencer as tentações do desãnimo!
Imagem de Ulrike Mai por Pixabay 

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