Terra Santa

Pensei duas vezes antes de escrever esse texto. Mas, decidi fazê-lo  para dividir com o leitor algumas impressões que tive da Terra ...


Pensei duas vezes antes de escrever esse texto. Mas, decidi fazê-lo  para dividir com o leitor algumas impressões que tive da Terra Santa, quando tive a oportunidade de visitá-la. A primeira impressão é sobre o Brasil mesmo. Os aeroportos estão cheios de pessoas comuns querendo viajar. Ao meu lado viajaram representantes comerciais, professoras e assalariados. Penso, que isso diz muita coisa. Ainda que muitos critiquem o presidente Lula, com ele a vida de muita gente melhorou. Os vôos, por exemplo, antes reservados aos executivos, hoje podem ser usufruídos por um número maior de pessoas. Talvez, em outros tempos nem eu poderia ter feito uma viagem tão grande. 

Sobre a Terra Santa podemos dizer muita coisa. Primeiro é preciso entender que Terra Santa não se confunde com o Estado de Israel. Ela abrange todos os lugares santos pisados pelos profetas do Antigo Testamento e por Jesus. Na Palestina, por exemplo, temos diversos lugares santos.  A Palestina hoje está cercada por Israel com um muro que mede aproximadamente dez metros de altura! Para atravessar de um lugar para outro é preciso uma rigorosa vistoria nos veículos e pessoas. Aliás, o clima que sentimos em quase toda a “Terra Santa” é de insegurança e medo. As pessoas parecem tensas e andam sisudas. Passando por ali, senti saudades do Brasil e da liberdade que aqui gozamos. Aliás, precisamos valorizar isso. Só quem passa por um cerceamento da liberdade sabe o valor da mesma. 
Na terra, chamada "santa", o relacionamento entre as religiões abraãmicas  parece tenso. Judeus de um lado, palestinos de outro e os cristãos espremidos no meio.  É curioso como em nome do mesmo Deus os homens não se entendem! Temo que isso venha acontecer no Brasil. Para evitar isso, precisamos cultivar o respeito por aqueles que praticam uma religião diferente da nossa. Toda guerra é feia, mas a guerra religiosa é mais ainda. 

Em Roma, onde também passei,  diante dos inúmeros monumentos e obras de arte, a gente se sente pequeno demais. Tudo é grandioso e esplêndido. Dentro da Basílica de São Pedro, é quase impossível não pensar na simplicidade do presépio e ver o contraste. Isso não é uma critica. Quem sou eu para isso! Em Roma está a cabeça da Igreja. Em Israel talvez esteja o coração. 

Foi lá, na simplicidade de uma das tantas grutas de Belém que Deus se fez menino para nos salvar. Saindo de Roma fomos visitar Fátima, em Portugal. Mais uma vez nos deparamos com a simplicidade e o despojamento tão necessários à mensagem cristã. Fátima é um lugar simples e bonito. É mesmo adequado para a aparição de Maria. Os pastorinhos não eram ricos nem estudados. Gente simples que nem de longe sonharam com a grandeza de Roma. Foi Roma que lá esteve na pessoa de João Paulo II, que após o tiro tomado foi agradecer a mãe de Deus por não ter morrido. Em Fátima podemos resgatar a simplicidade de Maria tão biblicamente mostrada. O frio estava intenso. Mas, o calor vinha de dentro da gente. Por isso, pude rezar com o grupo que dividiu comigo a graça dessa viagem. Rezei por mim e por você como deve rezar um padre. Ao final da viagem retornamos cansados mas revitalizados na fé. Caso contrário, nossa viagem perderia todo o sentido.

Imagem de marijalovricholenda por Pixabay 

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