Um sacerdote católico

O cenário era mais que sombrio. O terror, certamente, tomava conta de todos. A exceção ficou por conta de Pe. Maximiliano. No pavilhão ...


O cenário era mais que sombrio. O terror, certamente, tomava conta de todos. A exceção ficou por conta de Pe. Maximiliano. No pavilhão quatorze um dos detentos havia fugido. Pior para os outros! Quando isso acontecia no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, dez companheiros de pavilhão eram condenados ao bunker (buraco subterrâneo) para morrerem de fome. Feito o macabro sorteio (30/07/1941) todos puderam contemplar o desespero dos condenados. No bunker eles eram arremessados seminus e despediam-se para sempre do mundo externo. Pe. Maximiliano rompeu o sinistro protocolo e ofereceu-se para morrer no lugar de um dos condenados. Em tal ambiente sinistro onde o limite entre a morte e a vida era muito frágil, nunca se viu coisa igual. Num local totalmente desumano onde cada um não passava de um número (o número de Pe. Maximiliano era: 16.670) a atitude amorosa daquele homem frágil assustou o comandante Fritz  e, talvez, pela primeira vez, naquele local, alguém foi chamado de senhor. O comandante lhe perguntou: quem é o senhor? – Um sacerdote católico, respondeu Padre Kolbe. Quero morrer no lugar desse homem, completou. Num local onde milhares de pessoas morriam um a mais pouco significava. O ambiente estava embrutecido demais para sensibilidades…

Pe. Maximiliano Maria Kolbe esteve 77 dias no campo de concentração chegando ali no dia 28 de maio de 1941. Antes disso,  trabalhava com gráfica e produzia jornais para divulgar a fé e a devoção mariana. Foi ele o criador do movimento mariano “Milícia da Imaculada” em 1917.

Em 1927, o Príncipe Drucko-Lubecki doou-lhe uma área próxima a Varsóvia onde ele pretendia construir um grande convento e instalar seu “parque gráfico”. Era a Cidade de Maria. Esse espaço acabou sendo ocupado para socorrer as vítimas da segunda guerra. Por causa de seu trabalho, sobretudo, na área da comunicação, ele acabou sendo preso pela Gestapo (polícia nazista) em 1941. No campo de concentração conseguiu manter a serenidade e dar seu testemunho de fé com o martírio. Após 14 dias de fome e provações ele foi morto com uma injeção de ácido fênico.

Quem foi Padre Maximiliano Maria Kolbe? – Apenas um padre católico, ou um santo capaz de oferecer a própria vida para salvar a vida de outros? Não foi exatamente isso que Cristo fez ao morrer num cruz para nos salvar?
Que São Maximiliano nos abençoe e abençoe a mim que quero ser tudo isso: um padre católico!

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