Mitologia Grega
Cerca de três mil anos nos separam da Mitologia Grega. Apesar disso, a Grécia Antiga nunca saiu de dentro de nós. Ela marcou nossa for...
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Cerca de três mil anos nos separam da Mitologia Grega. Apesar
disso, a Grécia Antiga nunca saiu de dentro de nós. Ela marcou nossa forma de
ver e explicar a realidade. Sócrates, Platão, Aristóteles e outros filósofos plasmaram
nossa civilização ocidental. Recuando ainda mais, num tempo anterior à
filosofia, encontramos um universo encantado, povoado por deuses, semideuses e
heróis, povoando a imaginação dos nossos antepassados. Trata-se da mitologia. O
homem primitivo encontrou na mitologia uma forma de explicar a vida e a
realidade. Projetou nos deuses seus desejos e paixões. Assim, Poseidon, a
divindade do mar, foi quem representou o lado dos instintos e paixões humanas.
Lembrando que a palavra “paixão” tem a mesma raiz linguística da palavra “Patologia”,
ou doença. Quando movido de forma passional o homem, não raramente, naufraga o
barco da própria existência no oceano da vida. Os devotos de Poseidon são
aqueles e aquelas que primeiro quebram a casa toda para depois perceber que
quebraram a casa errada ou mataram a pessoa errada...
A deusa Atenas, representa a razão ou o lado racional do
homem. Nesse ponto age de forma contrária a Poseidon. Atenas tem cabeça, às
vezes, sem corpo. Protege os filósofos ou quem é movido pela razão. Nasceu de forma estranha. Certa ocasião, seu
pai Zeus, o chefe dos deuses, sentiu forte dor de cabeça. Não suportando mais a
dor pôs-se a gritar. Hefesto, o ferreiro
do céu, apanhou um machado e partiu sua cabeça para ver o que havia de errado dentro
dela. Foi uma espécie de cirurgia à moda antiga. Da sua cabeça golpeada saiu
Atenas, totalmente armada, lançando um grito de guerra. Apesar de portar uma
lança e estar revestida por uma armadura, Atenas não é uma divindade de fúria
guerreira, como Ares, mas sim da guerra estratégica e defensiva.
Afrodite representa a sensualidade. Tipo Carlota Joaquina,
Afrodite deitou-se com metade do Olimpo. Chamada de Vênus em Roma conquistou devotos
e devotas no mundo inteiro. As más (ou boas) línguas dizem que é patrona do Rio
de Janeiro. A história do seu nascimento é bastante curiosa. Nasceu das espumas
das águas do mar no dia em que Cronos (tempo) revoltou-se contra seu pai Uranos
(céu) e cortou-lhe os testículos. O sangue dessa intervenção cirúrgica caiu no
Oceano formando espumas. Dessas espumas nasceu a Deusa cheia de bons
apetites... Afrodite teve muitas paixões e muitos filhos. De alguns,
provavelmente ela nem lembrava os nomes assim como também não se lembrava os
nomes dos pais. Acendeu velas para tantos santos que nem sabia qual teria dado
a graça... Mas, alguns de seus filhos nasceram assim:
Hermafrodito era filho de Hermes, o deus mensageiro. Em seu
nome contempla as qualidades da mãe e do pai. Por isso, nasceu completo e tinha
os dois sexos. Passava o tempo todo distraindo-se consigo mesmo...
Eros, deus da paixão, e Anteros, deus da ordem, ela tinha
quase certeza que eram filhos do mesmo pai, ou seja, Ares, o deus da Guerra
pelo qual nutriu milhares de fantasias.
Himeneu ( Deus do casamento. Eu não explico isso nem que me
matem!) era filho de Apolo, deus da luz
e da cura de doenças. Desse filho Afrodite, não tinha dúvidas, quanto ao pai.
Era de Apolo mesmo. Pelo visto, Apolo só tinha fama de garanhão...
Priapo ( Um sonho de consumo para os machões. Pelo amor de Deus,
não me peçam para falar mais sobre ele!) era filho de Dionísio, deus que vivia
bêbado pelo botecos da polis... Nem um bêbado Afrodite perdoou!
Por aí dá para se ver a atualidade do assunto. Os deuses
gregos não morreram. Perambulam entre nós no campo das artes, da literatura e
do bom gosto. São forças invisíveis que determinam nossos sonhos e moldam nosso
comportamento. Convido você para que juntos façamos uma visita a esse universo
encantado.
Com certeza a gente vai rir muito...