A morte
Movie The Seventh Seal “O Sétimo Selo”, filme do diretor sueco Ingmar Bergman, de 1957, mostra a morte com feições humanas num mundo...
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Movie The Seventh Seal |
“O
Sétimo Selo”, filme do diretor sueco Ingmar Bergman, de 1957, mostra a morte
com feições humanas num mundo caótico, marcado pela peste no Séc. XIII. Ela, no
entanto, não é apresentada de forma aterrorizante. É uma companhia fiel, assim
como um anjo da guarda em sentido contrário.
Se couber a esse a função de proteger-nos e amparar-nos em situações de
apuros, cabe à morte aproveitar-se das mesmas situações para ter-nos em sua
companhia.
No
filme, o cavaleiro medieval Antonius (Max Von sydow), se propõe em jogar xadrez
com a morte. O prêmio para a morte, se ela ganhasse o jogo, seria a vida do
cavaleiro. Caso, ele fosse o ganhador, o prêmio seria o mesmo. Nesse caso, ele
poderia continuar vivo por mais algum tempo e ajudar uma família que precisava
de sua proteção. Insensível a qualquer apelo, a morte o espreita o tempo todo.
Ela o observa e procura todos os meios para levá-lo consigo. Se existe alguma
qualidade na morte é sua postura democrática.
Ninguém escapa do seu olhar e do alcance de suas mãos.
No
candomblé, “Iku” é um Orixá que representa a morte. Ele não tem nenhum dos
sentidos exceto o tato. Uma vez que, põe a mão na vítima, adeus! Não adianta
chorar, ele não ouve. Não adianta querer negociar com ele, pois não tem
sensibilidade. É o companheiro mais fiel de todos. Alcançado pela mão invisível
de Iku, não resta mais nada à pessoa, a não ser entregar sua parte material
para Nanã (Orixá ancestral que representa o barro da existência) e a parte
espiritual a Olorum, divindade suprema.
A morte está sempre ao nosso lado
e adora andar de automóvel. Ultimamente, ela tem andado muito perto dos
motoristas imprudentes. Meu Deus, como tem morrido pessoas no trânsito! Mas,
não é só do mau motorista que ela é amiga. Tem muita amizade com usuários de
drogas, beberrões e briguentos...
Ter
a certeza da companhia da morte não é pessimismo. É um convite para a nossa
reflexão. Será que estamos vivendo bem cada momento de nossas vidas? Adiar a
felicidade, não vale. O “depois” poderá não existir. Deixar para aproveitar a
vida, após a criação dos filhos, também não vale. Pode ser que você não os veja
crescer... Cada dia deve ser vivido como um presente único de Deus!
No
Cristianismo a morte é encarada à luz dos ensinamentos de Cristo. Nesse
sentido, ela não é a porta de saída, quando muito é, porta de entrada. Por ela,
saímos do tempo para entrar na eternidade. São Paulo, ao final da vida dizia:
Combati o bom combate, terminei minha carreira... agora só me resta receber a
coroa do Justo Juiz... O Apóstolo Paulo estava tranquilo com a certeza de ter
cumprido bem sua missão. Em nosso caso, a coisa costuma ser diferente...
Nossa vida é
um aprendizado. É um estágio que antecede ao Céu. Aqui, nos preparamos para ingressar na pátria
definitiva. Mas, isso só é compreensível
na ótica da fé. Por isso, a fé é um
suave conforto para se encarar a realidade da morte. A vida não nos é tirada,
mas transformada. São Paulo dizia: “Viver para mim é Cristo e morrer para mim é
lucro” (Filipenses 1,21). O lucro, nesse caso, parte da certeza do encontro
definitivo com Deus. Cristo é a razão de nossa esperança. Então, não precisamos
temer a morte. Devemos temer a vida, pois muitas vezes, perdemos as chances de
vivê-la, intensamente.
Pense nisso!
.."Será que estamos vivendo bem cada momento de nossas vidas? Adiar a felicidade, não vale. O “depois” poderá não existir. Deixar para aproveitar a vida, após a criação dos filhos, também não vale. Pode ser que você não os veja crescer... Cada dia deve ser vivido como um presente único de Deus!"...
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