As luzes do natal
Os judeus ainda hoje celebram a Festa da Dedicação do Templo, ou seja, “Hanuká” ou “Chanuká”. A palavra hajuká, significa “dedicação”...
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Os judeus ainda hoje celebram a
Festa da Dedicação do Templo, ou seja, “Hanuká” ou “Chanuká”. A palavra hajuká,
significa “dedicação”. Mas, a festa é também chamada de festa das luzes. Ela
acontece, aproximadamente, ao final de novembro ou início de dezembro. Como
todas as festas judaicas, essa também tem como objetivo preservar a memória
desse povo e lembrá-lo, do Deus de Israel, que sempre se fez presente ao longo de
sua trajetória.
A Festa de Hanuká teve sua origem
no segundo século, antes de Cristo, quando os judeus comemoraram a retomada do
templo, que havia sido profanado pelo General, Antíoco Epifânio IV, durante a
dominação helênica. Após a retomada do templo, faltou óleo para acender a
menorah (candelabro de sete braços). Na verdade, só encontraram um pouco de
óleo. Apesar disso, ele durou oito dias aceso até que um novo óleo fosse
preparado. Por isso, a festa foi chamada de festa das luzes. Essa festa não foi
estranha para Jesus e seus discípulos.
A festa do natal, com muito mais
razão, segundo Santo Afonso M. de Ligório, deveria ser chamada de Festa do
fogo. Pois nesse dia, a luz de Cristo brilhou sobre o mundo todo. São João, no
seu evangelho nos afirma: A luz veio ao mundo... De fato, Jesus incendiou o
mundo com a chama do seu amor. Em uma de suas representações (imagem do Sagrado
Coração de Jesus) ele é mostrado com o coração em chamas, do lado de fora do
peito. Esse amor incandescente que brota do coração de Jesus pode aquecer o
mundo inteiro!
Hoje, infelizmente, o natal
tornou-se, para muitos, uma festa de consumo. Os shoppings são mais
frequentados do que as igrejas e o Papai Noel mais conhecido que o Menino
Jesus. Mas, para quem tem fé, a luz de Cristo continua a brilhar. Como não se
encantar com a simplicidade do menino que sobre as palhas, estende seus
bracinhos em direção a nós? Deus que é infinitamente grande, caso contrário,
não seria Deus, apequenou-se tomando as mesmas medidas de suas criaturas! Uma criança
não mete medo. Pelo contrário, desarma os corações.
Dizem que, quando Alexandre
Magno, grande imperador do mundo antigo, venceu Dario, o rei da pérsia, para
cativar aquele povo passou a vestir-se à maneira dele. Pois foi, exatamente,
isso que Deus fez: - vestiu-se à nossa maneira. “O Verbo de Deus se fez
carne...”. Nunca nos esqueçamos disso. Mas, a segunda parte da frase é ainda
mais linda: “... E habitou entre nós”! Deus não teve vergonha de nossa condição. Não
veio como homem adulto, pronto e acabado. Veio como criança, em tudo dependente
do ser humano. Isso deveria causar-nos, estremecimento. O normal e o esperado é
que o homem dependa de Deus. Mas, a grande inovação cristã é imperativa: Deus
quis depender do homem, o criador quis depender da criatura. Feito à sua imagem
e semelhança, o homem, sempre se esquece dessa grandeza quando peca. Apesar
disso, Deus nos estendeu as mãos, nas mãozinhas da criança de Belém.
Celebrar o natal é entender que
Deus se fez nosso irmão na pessoa de Jesus. Revestiu-se da mesma natureza
humana, aquele que poderia vir a nós com uma natureza mais pura, que a natureza
dos anjos. Não se envergonhou de nossas fraquezas, pelo contrário, veio para
delas nos libertar. Por isso, o natal é revolucionário. Ele é capaz de
transformar-nos. Deixemos que a luz de Cristo brilhe sobre nós. Não fechemos os
nossos corações. O presépio é muito frio para um recém-nascido. Acolha o menino
em seu coração. Aqueça-o com o seu amor.
Mas, não se assuste, se você mesmo tornar-se brilhante!
Imagem: Le Favolose Proprietà Del Succo Di Melograno
Link da imagem: https://agemony.com/wp-content/uploads/2018/06/1-a-22.jpg
Muito interessante. Amei. Então feliz hanuka!
ResponderExcluirDeus seja louvado!
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