Anjo da Guarda

 

Sempre acreditei no Anjo da Guarda e na sua proteção. Sei pouco sobre ele, mas acho, que isso não importa tanto. Muitas vezes, pude experimentar sua proteção em minha vida. Vou contar apenas dois pequenos casos em que ele me protegeu: Certa vez, estava muito doente e fragilizado em todos os sentidos. A gripe me fez perder toda a voz e isso, para mim, que trabalho no rádio é uma tragédia! Não é que alguém me enviou um xarope, e ele acabou me curando a voz? Naquela ocasião, não tive dúvidas. Uma ouvinte, bondosa, foi meu anjo protetor.

Em outra ocasião, quase cai numa cilada. A estória é muito comprida e não vale a pena contá-la aqui. Acontece que, alguém me telefonou anonimamente, prevenindo-me contra o risco que eu estava correndo. Até hoje não sei quem me alertou. Mas, sei que Deus me protegeu, através daquela pessoa. Mais uma vez, fui agraciado por um anjo da guarda. Acredito nos anjos e na proteção que eles nos conferem.

Conheço muitos casos, em que uma pessoa, na hora da dificuldade, acabou encontrando um anjo para ajudá-la. Lembro-me, agora, com carinho, de duas irmãs: Bina e Alice. Bina caiu de cama e não se levantou nunca mais. Alice sacrificou tudo para cuidar dela. Foi um anjo de Deus para a irmã. Hoje, ambas estão no céu contemplando os anjos de Deus. Uma acabou sendo anjo na vida da outra...

Dona Augusta, uma bondosa senhora que residia em minha paróquia, hoje falecida, cuidou do filho, em coma por mais de vinte anos! Ela foi, sem dúvida, um anjo, na vida de seu filho Ernane. Hoje, os dois se encontram no céu e podem contemplar a Deus face a face...

Não daria para enumerar diversos casos em que vi a proteção dos anjos de Deus.

O tema “anjos”, ultimamente, está na moda. E está de uma maneira estranha. Virou produto de vitrines, temas de músicas e literaturas. Atualmente, se valoriza muito os anjos, apenas por uma questão comercial...  Que pena! Estamos distante do que nos ensina a Bíblia sobre eles e o papel dos mesmos na vida das pessoas!  Às vezes, penso que estamos voltando aos tempos mais sombrios da chamada “Idade Média”.

No contexto medieval, o homem, desprotegido de tudo e por todos, não tinha a quem apelar a não ser para os anjos ou diabos. O Arcanjo Miguel, nunca esteve tão ocupado em arrancar das mãos do diabo centenas de almas vitimadas pelas pestes e enfermidades. Será que hoje, não acontece a mesma coisa? Abandonado pelas instituições e sem rumos na vida, os homens não têm a quem recorrer... Somente o Anjo Rafael poderá remediar tamanha falta de assistência médica que assola a vida dos pobres! Que Miguel nos socorra e proteja na falta de segurança pública, pois desse assunto é ele quem entende. A tarefa mais dura sobrou para Gabriel, o Arcanjo: Ser o anunciador da esperança a quem padece no vale do desespero! Haja fôlego para ser portador de esperança num mundo tristemente marcado por pandemia.

Corremos o risco de transferirmos para os  anjos as tarefas dos homens. É bom lembrar, que Deus não costuma fazer por nós, aquilo que cabe a nós mesmos fazer. Talvez, o milagre mais urgente para nós, seja o que nos arranque do comodismo e nos faça acreditar na força da solidariedade. O mal existe e não podemos negá-lo. Mas, ao seu lado existe o amor e esse deve falar mais alto. Quem ama acaba se tornando um Anjo da Guarda na vida dos outros. Assim como a corte celeste, esses anjos terrestres também são desconhecidos e permanecem fazendo o bem em completo anonimato...

Pense nisso!

Imagem de Enrique Meseguer por Pixabay