Ídolos de nosso tempo
O Evangelho de São Lucas (14,15-24) fala-nos, de uma turma especialista em arranjar desculpas, para não participarem de um convite: Um h...

O Evangelho de São Lucas (14,15-24) fala-nos, de uma turma
especialista em arranjar desculpas, para não participarem de um convite:
Um homem deu um grande
banquete e convidou muitas pessoas. Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer
aos convidados: ‘Vinde, pois tudo está pronto’! Mas todos, um a um, começaram a
dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te
que aceites minhas desculpas’. Outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois, e
vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas’. Um terceiro disse: ‘Acabo
de me casar e, por isso, não posso ir’...
Não existe nada de errado em comprar um campo, experimentar as
juntas de bois ou casar-se. Mas, nenhuma dessas realidades pode ser absoluta em
nossas vidas! Não há nada de errado em gostar de trabalhar, de usar o celular
ou jogar com os amigos. O erro começa quando idolatramos tais realidades e, por
causa delas, deixamos de dar atenção a outras coisas.
Deus nos convida para estar ao seu lado. Ele é pai. Qual o
pai não gosta da companhia dos filhos? Mas, muitos não conseguem tirar para
Deus sequer uma hora por semana! Quantos me dizem: - Eu não tenho tempo de ir à
missa... Não posso levar meu filho à catequese... Não consigo visitar meus
pais... Às vezes, trocamos a família e a igreja por algo que vale menos que uma
junta de bois!
Seria muito bom, se de vez em quando, a gente se perguntasse:
- Qual é o sentido da minha vida? Será que não estou colocando coisas
secundárias no lugar de outras que deveriam ocupar o primeiro lugar?
Possuir um campo é coisa boa. Ter um sítio para passar o
final de semana com a família também é muito bom. Mas, pode acontecer que ele
passe a ocupar todo o meu tempo e consumir todas as minhas energias. Aquilo que
seria para me servir acaba exigindo que eu o sirva o tempo todo. Nesse caso, o
sitio transformou-se, numa espécie de divindade à qual devo sacrificar minha
vida... A isso podemos chamar de idolatria. Idolatria é colocar falsos deuses
no lugar de Deus verdadeiro. Mas, enquanto o Deus verdadeiro me ama e quer o
meu bem, o ídolo quer a minha morte e deseja o meu sangue...
Talvez, não seja exagerado afirmar que, para muitos,
atualmente, o celular tornou-se um ídolo. Para entender isso basta analisar o
seguinte: Quanto tempo eu me dedico às coisas de Deus e quanto tempo dedico ao
celular? Alguns, certamente estão se tornando escravos do celular e das redes
sociais. Não tenho nada contra o uso do aparelhinho. Ele deve ser visto como um
bem, assim como a junta de bois ou o terreno no campo. Mas, qualquer forma de
exagero pode ser prejudicial. Por isso,
precisamos estar atentos. O mundo é muito sedutor e o diabo não é preguiçoso.
Pense nisso!
Imagem de Noé Calderón por Pixabay
Isso é fato! Enquanto estiver usando o celular para coisas úteis, menos mal!
ResponderExcluirVerdade Padre Gabriel, tenho dois netos que já tem o celular como companheiro, ainda bem que muita coisa boa na internet, é só sabermos filtrar! No meu caso é muito útil para o trabalho remoto, e principalmente para acompanhar o seu blog, até mesmo a missa, muitas das vezes acompanho pelo aplicativo da Rádio Santa Cruz!
ResponderExcluirInfelizmente Padre Gabriel esta é uma realidade que estamos vivendo, precisamos sim dos recursos tecnológicos mas não podemos ser escravos destes, principalmente do celular. Temos que reservar um tempo para estar com Deus, para estar junto da nossa família, dos nossos amigos e tempo para fazer algo em prol da nossa comunidade cristã e temos que começar rápido ( agora ) pois se deixarmos para amanhã poderá ser tarde demais!
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