Luz que não se apaga

 

O tempo de Natal é recheado de luzes e costurado de fios luminosos. Há luzes para todos os gostos e preferências no mercado chinês.  As ruas se enfeitam, o comércio se ilumina. Tudo isso para fazer com que as pessoas abram seus bolsos... Mas, abrir os bolsos não é a mais nobre atitude que podemos tomar. É preciso antes, abrir os corações! O presente, ao final do ano, não irá substituir uma ausência do ano inteiro! Certamente, ele não irá compensar o distanciamento, frequente, entre pais e filhos. Além do mais, seria ingênuo pensar que bastaria um peru assado para unir uma família! As luzes, os presentes e a carne assada podem até ajudar nesse processo, mas são apenas acessórios.  Nada disso adianta muito a quem permanece de coração fechado.

Hoje, quando vemos as luzes cintilar por todos os lados gostaria de chamar atenção por uma delas, que não é mais brilhante nem a mais bela: Trata-se da luz do Sacrário, cuja discrição é tão grande que, às vezes, passa despercebida! Ela é a única luz que brilha o ano todo, ao lado do Sacrário para sinalizar, discretamente, uma presença. É a presença de Jesus vivo e sacramental na hóstia consagrada.

No tempo do Natal as pessoas parecem mais abertas a Deus e mais dispostas à oração. É uma pena que esse tempo seja tão curto e passe tão depressa! É preciso lembrar que a luz do sacrário permanece acessa o ano inteiro e não apenas no Natal. Ao longo do ano, quantas vezes você tirou um tempinho para visitar Jesus no Santíssimo Sacramento? Você é daqueles que só aparecem no Natal ou Semana Santa? Imagine, então, qual seria o sentimento de um pai, ou mãe, cujo filho só o visitasse uma vez por ano!  Isso é o que muitos fazem com Jesus.  De tão desacostumados a entrarem numa igreja, alguns já nem localizam mais o sacrário. Quem sabe não estaria na hora de mudar essa situação? Seria muito bom que fizéssemos o propósito de visitar mais o Santíssimo Sacramento ao longo do ano. Seria melhor ainda, se conseguíssemos transformar o nosso próprio coração num sacrário para Jesus.

Pense nisso!

Foto: Arquivo pessoal