Julgamento divino
Uma das realidades mais difíceis que enfrentamos na vida são os julgamentos. Às vezes, sinto pena dos juízes que fazem isso, por dever de ...

Uma das realidades mais difíceis que enfrentamos na vida são
os julgamentos. Às vezes, sinto pena dos juízes que fazem isso, por dever de
ofício. O julgamento é difícil porque o
conhecimento que temos da pessoa humana é limitado. Como saber se alguém diz a
verdade e o que é a verdade se a pessoa tem algum distúrbio mental? Que mistérios se escondem na mente de uma pessoa?
Apesar de ser uma tarefa difícil, a quem tem o dever de julgar, quem
não o tem, acaba julgando o outro o tempo todo. Julgamos pela aparência, pelas
vestes, pelo linguajar... Por isso, na maioria das vezes, nossos julgamentos
são cruéis e injustos! Diferente dos nossos, é o julgamento divino, pois, além de
justo, ele é fundamentado na misericórdia.
Santa Tereza dizia que na hora da morte gozaremos de grande consolação
e muita alegria pois, seremos julgados por Aquele a quem amamos sobre todas as
coisas. Naquele dia definitivo, a sensação que iremos experimentar é a de estar
voltando para casa. Como ter medo se quem irá nos julgar é Quem mais amamos em
vida? Naturalmente, estamos falando do pensamento de uma pessoa santa.
Para a grande maioria das pessoas o julgamento divino,
certamente, será como pensou Santa
Tereza. Mas, nem todos levaram Deus a sério em vida. Muitos se esqueceram dele
e por isso, se esqueceram de fazer o bem. Esse esquecimento acaba sendo falta
de amor pois, ninguém se esquece da pessoa amada. Sendo assim, devemos
questionar até que ponto nos lembramos de Deus ao longo da vida.
O Evangelho de São Mateus (Mt 25, 1-13) compara o nosso
encontro com Deus com uma festa de casamento. No tempo de Jesus os casamentos
eram bem diferentes de hoje. Era algo arranjado pelas famílias e costumava
durar uma semana! Os noivos não moravam juntos até que todos os acertos fossem
realizados como, por exemplo, o pagamento do dote à família da noiva. Depois
dos acertos, o noivo buscava a noiva na casa dos pais e iriam formar um novo
lar. Na data marcada, a noiva permanecia acompanhada pelas amigas até a chegada
do noivo que, costumava se atrasar. O Evangelho diz que uma parte dessas amigas
se esqueceram de abastecer as lamparinas de azeite e foram surpreendidas, sem
combustível, quando o noivo chegou lá pelas tantas. Por essa razão, acabaram
ficando do lado de fora da grande festa.
Jesus não marca a hora de buscar-nos para morarmos definitivamente com ele. Quando esse dia
chegar, será que estaremos preparados? Enquanto temos tempo é bom verificar o
azeite das lamparinas... Ninguém gosta de ter surpresas de última hora. Sabendo
disso é bom se preparar e tirar tempo para aquele que é o senhor do tempo e que
irá nos julgar em nosso último dia. Preparar-se para esse encontro é saber
priorizar o que é mais importante em nossas vidas. Você já pensou sobre isso?
Como são criativos os evangelhos! Estarmos preparados o tempo todo para nossa partida. Que o dia do encontro na verdadeira morada, aconteça, mas por aqui sermos sim previdente. Fez um interessante paralelo do noivo e os cuidados para este encontro.
ResponderExcluirQue sejamos sábios e nos evite as imprudências da vida que o impeça o final feliz.