Para quem Jesus nasceu?
Nas proximidades do natal sentimos certo fastio de tanto ouvir falar essa palavra. Assumida pelo comércio, ela é surrada até perder a cor....
Nas proximidades do natal sentimos certo fastio de tanto
ouvir falar essa palavra. Assumida pelo comércio, ela é surrada até perder a
cor. Natal pode ser quase tudo, desde que envolva troca de presentes e relação
de consumo. Enfastiados da palavra, corremos o risco de perder a essência do
acontecimento. A festa não é para lembrar o nascimento do papai Noel, conforme
ouvi de uma criança. É para lembrar o nascimento do Menino Deus!
Vou formular duas perguntas para entender melhor o sentido do
acontecimento. Por que Jesus nasceu? Para quem ele Veio? Por que Deus, de uma hora para outra (lembre-se
que Deus está fora do tempo), resolveu tomar forma humana e nascer em nosso
meio? São Paulo, em sua carta aos
Romanos (Rm 16, 25) diz que “essa foi revelação de um mistério que estava
envolvido em silêncio desde os tempos eternos...” Na carta aos Gálatas (Gl 4,
4) ele nos diz: Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou-nos o seu
Filho...
Jesus nasceu para nos revelar (tirar o véu, mostrar-se) toda
a grandeza do amor divino. Por amor ele nos veio e entregou sua vida por nós. A
maior prova de amor é doar a própria vida... Ele veio para todos, mas,
sobretudo, para os mais necessitados. É fácil compreender isso. Bastam ver o
exemplo das mães. A mãe que tem cinco filhos e um deles fica doente, acaba
dedicando mais atenção a ele. Isso não quer dizer que ela o ame mais que aos
outros. É que o enfermo precisa mais do seu apoio, pois, não consegue fazer
sozinho o que os outros conseguem. Isso pode não ter muita lógica, mas, será
que o amor é lógico?
Não temo afirmar que Jesus veio, principalmente, para os
excluídos e esquecidos da humanidade. Aliás, ele enfrentou diversos conflitos
por causa disso. Foi interrogado pelos fariseus ao comer com os cobradores de
impostos (grupo mal visto naquela época pelos judeus); ao conversar com uma
samaritana (uma mulher, sem nome, igualmente excluída no seu tempo); ao conviver
com pecadores diversos. Ainda hoje, pagamos um preço semelhante ao que Cristo
pagou quando nos aproximamos dos excluídos e, não raro, somo incompreendidos, quando
optamos pelos mais pobres. Mas, não existe opção sem rupturas. Optar pelos excluídos
é condenar quem fabrica a exclusão e isso tem um preço. O padre, por exemplo,
corre o risco de incompreensão quando vai ao encontro daqueles que são invisíveis
sociais. É mais fácil acusá-los de fora da lei do que perguntar se a lei é
justa. É mais fácil condenar o marginalizado do que perguntar pelas causas da
marginalização. É mais fácil doar uma cesta básica no natal do que combater a
fome do ano inteiro...
O tempo de Deus é diferente do nosso. Ele escolheu o tempo certo e a maneira certa de se manifestar-nos. Veio com rosto humano para que humanizássemos o mundo- cão em que habitamos. Virá uma segunda fez, para colher os frutos desse nosso trabalho. Ele ensinou-nos e um dia voltará para ver se colocamos em prática os seus ensinamentos. Praticar o amor é colocar-se nas pegadas de Cristo Somente o amor salvará o mundo. Seu poder é maior que o poder das armas. Ele pode mudar o homem de dentro para fora. Quem prática o amor ao próximo celebra o natal o ano inteiro pois, Jesus vem a nós em cada dia e vem para nos tornar mais semelhantes a Ele mesmo.
Imagem de Sr. M. Jutta por Pixabay




Natal tem que ser sim lembrado, que é a data do nascimento do criador, e que trouxe a boa nova para a humanidade. Este texto e todas as formas de divulgar é necessário, já que não pode ser confundido, como uma data dos presentes, e do consumo.
ResponderExcluirO presépio, espero não estar enganada, foi montado pela primeira vez por Francisco de Assis, e mostra a simplicidade, a humildade como os verdadeiros valores do nosso Deus.
A preferência pelos pobres, é a resposta do titulo, e se também fizermos esta escolha, a mensagem foi entendida.