O adeus com dignidade

 Ali, preso entre o silêncio e o mundo que seguia lá fora, ele carregava um nó na garganta, daqueles que a alma sente antes da voz. O peito ...


 Ali, preso entre o silêncio e o mundo que seguia lá fora,

ele carregava um nó na garganta,

daqueles que a alma sente antes da voz.


O peito tremia,

mas havia uma dignidade sagrada naquele olhar úmido,

o olhar de quem ama tanto

que escolhe doar paz, mesmo doendo rasgar-se por dentro.


E então, com a coragem que só o amor verdadeiro conhece,

ele sussurrou o impossível:


“Sim… vá descansar, meu amor.

Obrigado por tudo que foi, por tudo que me deu.”


E naquele instante,

não era apenas um adeus 

era uma bênção,

uma entrega,

um coração abrindo mão de si

para libertar o outro da dor.


Algumas despedidas não matam o corpo,

mas deixam cicatrizes eternas na alma.


Texto de Lucas Bessa

Foto: Imagem de Peggychoucair por Pixabay

Obs: Esse texto nasceu após um procedimento, inevitável, de eutanásia com um animal acidentado. Lucas Bessa é um veterinário diferenciado... Age profissionalmente mas, com dor no coração. Parabéns, Lucas. Deus lhe abençoe sempre!  

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