O administrador esperto
Numa de suas parábolas Jesus cita como modelo de esperteza mundana um administrador que reduziu sua comissão para ficar bem com seus subal...
Numa de suas parábolas Jesus cita como modelo de esperteza
mundana um administrador que reduziu sua comissão para ficar bem com seus
subalternos e, ao mesmo tempo com o dono do empreendimento (Lc 16, 1 – 8). À primeira vista pode parecer que Jesus estivesse
elogiando a desonestidade e o erro do camarada, coisa impossível de acontecer,
pois, Jesus é amigo da verdade e da retidão. Ele, apenas, se lamenta que não
tenhamos a mesma “esperteza” para as coisas do Reino de Deus. Isso é fato,
quando algo é de nosso interesse nós viramos
céu e terra em busca daquilo.
Mas, aquilo que buscamos com tanta dedicação e afinco, necessariamente, não irá
somar para nossa salvação.
Não é pecado a pessoa cuidar bem de si mesma e da própria
aparência. Mas, não basta cuidar da casca e descuidar do conteúdo, não basta
cuidar do corpo e se esquecer da espiritualidade. Algumas pessoas se matam em
busca da beleza e do rejuvenescimento: fazem dietas extravagantes, se sacrificam
nas academias e passam produtos químicos fortíssimos nos rostos. Mas, se lhes
falarem da necessidade de um jejum ou
uma pequena abstinência na busca de maior santidade elas renegam. Outros varam
as noites em shows barulhentos para ver seus artistas preferidos, mas, são
incapazes de passar a noite ajudando um enfermo, mesmo que se trate da própria
mãe!
É bom saber que não somos donos de nada, nem mesmo da própria
vida, pois, quando Deus quiser levar-nos ele leva, independentemente de nossos
desejos. Somos apenas administradores! E aqui brota uma questão: como estou
administrando minha vida? Não basta ser um bom administrador de negócios se a
própria vida está em pedaços! Talvez, precisemos fazer um curso de gestão da
própria vida para saber administrá-la com sabedoria. Quem comete excessos, por
exemplo, não está sabendo administrá-la. O excesso pode estar ligado ao álcool,
entorpecentes ou outras coisas. Nem
mesmo no trabalho devemos exagerar quando desnecessário, pois em tudo devemos
buscar o equilíbrio.
Na Carta aos Romanos, São Paulo afirma: Ninguém dentre nós,
vive para si mesmo ou morre para si mesmo... Rm 14, 7. Isso é uma grande
verdade. O professor dever ser bom para seus alunos, o padre para os
paroquianos, a dona de casa para sua família. O cabeleireiro não existe para
embelezar a si mesmo. Ele vive para cuidar dos cabelos dos seus clientes.
Então, não vivemos para nós mesmos. Vivemos para os outros. Será que procuro
fazer bem, o que eu faço, pensando no bem dos outros? Se isso acontece, então,
estou administrando bem minha vida. Vive
bem, de acordo com o ensinamento cristão, quem faz de sua vida um serviço ao
próximo. Quem só vive para si mesmo não entendeu os ensinamentos de Jesus.
Pense nisso!
Imagem: Gerada a partir da IA




Padre, destacarei duas reflexões a partir do texto.
ResponderExcluirA vida é equilibrio para dar bons resultados, sem radicalismos em pensamentos e ações é melhor, e dá mais certo. Até beber água demais não é bom.
Também ter vida útil faz a vida ter mais sentido porque vida egoísta, com certeza adoece.
Viver para servir é dar importância à nossa existência.
Parabenizo pela escolha da música com belíssima letra.
Como disse Dom Bosco: "O SENHOR COLOCOU-NOS NESTE MUNDO PARA OS OUTROS".
ResponderExcluirMuito bem escolhida a música, parabéns!
ResponderExcluirO que mais me entristece, Padre, é termos, por todo mundo, governantes que administram em causa própria...