Cidade do Cristo
A Rua Direita brotou, um dia, do Santuário Nossa Senhora da Piedade e cruzou Pará de Minas, como planta que estica seu caule para frutif...

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A Rua Direita brotou, um dia, do Santuário Nossa Senhora da Piedade e cruzou Pará de Minas, como planta que estica seu caule para frutificar depois. E os frutos vieram com cheiro de mãe...
A devoção mariana marcou a cidade, batizou ruas e bairros: Fátima, Lurdes, Aparecida e Graças... A fé católica nomeou outros bairros com nomes de santos: Francisco, Luís, Pedro, Antônio. Um bairro inteiro foi dedicado ao Coração de Jesus!
Toda cidade deveria ter um centro com um coração. O centro nós temos. Mas, nosso coração subiu a ladeira e alojou-se no peito do Cristo que, do alto da Serra, abençoa, continuamente, a cidade. Esse coração de alumínio tem um pouco da história de cada um de nós, que levamos em nossos corações, o Corpo e o Sangue de Jesus.
O Cristo de Pará de Minas permanece, há 50 anos, cercado de natureza e coberto de brancas nuvens! De braços abertos testemunha o crescimento da cidade e a sucessão de nascimentos e mortes. Da Serra onde está ele olha a Maternidade do Nossa Senhora da Conceição e o Cemitério de Santo Antônio. Escuta os primeiros sorrisos e os últimos soluços. Ouve sinos e clamores, motores e ladainhas; e se sente, cada vez mais, integrado na vida de nossa gente.
O Evangelho diz que Jesus subia sempre aos montes. Num deles, pronunciou o sermão da montanha, noutro se transfigurou e num terceiro morreu. Por aqui, a gente tem a sensação que Ele está sempre vivo... Abre as auroras e fecha os crepúsculos. De toda parte que se olha é possível perceber essa presença divina que nos abraça. Nem poderia ser diferente para uma cidade que nasceu do Coração de Maria!
Meu Jesus; que no entardecer da minha existência eu possa reclinar-me em vosso peito e como o discípulo amado, na última ceia beber de vossa ternura infinita. Que vosso coração seja minha última morada, eu que tento carregar-vos sempre no meu pobre coração de carne!