Cristóvãos

O nome “Cristóvão” procede da língua grega e diz muito por si mesmo: “Χριστόφορος”,  transliterado  para a língua portuguesa, “Khristóp...


O nome “Cristóvão” procede da língua grega e diz muito por si mesmo: “Χριστόφορος”,  transliterado  para a língua portuguesa, “Khristóphoros”, significa:   aquele que carrega o Cristo ou que leva Jesus ao outro. Sendo assim, todos nós devemos ser “Cristóvãos”. 
 
A festa dedicada a São Cristóvão acontece no dia 25 de julho. A tradição da Igreja afirma que esse Santo, considerado padroeiro dos motoristas, teria vivido na Lídia ( Turquia) e sofrido o martírio,  na época de Décio, Imperador Romano (193 – 211 aC). Cristóvão era muito forte e queria servir ao maior rei do mundo. Depois de longa procura descobriu que o maio rei era Deus. Certa vez, começou a atravessar pessoas num rio para fazer penitência por seus pecados. Um dia atravessou o próprio Menino Jesus. Percebeu isso, quando sentiu seu peso aumentar à medida que avançava na travessia. Daí veio lhe o nome: “Cristóvão”, o que leva Cristo.

O texto de hoje, no entanto, não é para falar sobre S. Cristóvão, mas sobre os inúmeros “cristóvãos” que nos rodeiam e, anonimamente, convivem conosco todos os dias.  São Bernardo de Claraval (1090 – 1153), cujo dia celebramos em 20 de agosto, refletindo sobre a apresentação do Menino Jesus ao templo afirma que existem três maneiras de se carregar Jesus. Podemos carregá-lo no coração, nos ombros e nos braços. 

Maria após os dias de preceito vai ao templo, como toda mulher de seu tempo, após o resguardo. Isso acontecia para cumprir o preceito da purificação da mãe. No seu caso, cumpria-se também outro preceito da lei: oferecer o filho primogênito. Maria, naturalmente, não precisava ser purificada de nada, pois nunca teve pecado. Ela, no entanto, vai ao templo pois era cumpridora da lei. Assim, vai ao templo a mãe de quem era maior do que o próprio templo. Maria leva Jesus junto ao peito e perto do coração. Oferece seu filho ao velho Simeão que o toma em seus braços. Mais tarde terá que oferecê-lo aos braços da cruz... 

São Bernardo dizia que levar Jesus no coração é condição para quem quer anunciar o evangelho. Nesse sentido, Maria é aquela que melhor nos comunica o seu filho, pois o tem, constantemente, no sacrário do coração.
José levava Jesus sobre os ombros. Esse, para S. Bernardo, representa todos que pagam certo preço por amor a Cristo. São aqueles que enfrentam fadigas e provações por carregar Cristo nos ombros. Nesse caso, penso, nos inúmeros doentes que também sofrem e gemem sem perder a fé. Dessa maneira, testemunham o amor que tem a Jesus. 

Há também aqueles que carregam Cristo nos braços. Esses são os apóstolos da caridade. Muitos cristãos consomem suas vidas cuidando de doentes, idosos ou crianças. Fazem tudo com amor e sem reclamar do peso que suportam nos braços. Para S. Bernardo o velho Simeão inaugurou essa fila da caridade.
As reflexões de S. Bernardo nos fazem refletir sobre a maneira que carregamos Jesus. Você o carrega sobre os ombros, nos braços ou no coração? Cada qual que responda por si mesmo... 

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