Dias de Liberdade
Hoje é sete de setembro. Estou só e vivo, melhor escrevendo, viva está, a liberdade. Ô trem bão! Não quero saber de horários, celulares...

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Hoje é sete de setembro. Estou só e vivo, melhor escrevendo, viva está, a liberdade. Ô trem bão! Não quero saber de horários, celulares e dietéticos. Não me importa se Dom João veio ao Brasil, para fugir de Napoleão ou dos puxa-sacos em número cada vez maior. A segunda hipótese é pouco provável, tendo em vista, que essa espécie cresce fácil, em qualquer lugar do planeta. Também não me importa, se o Príncipe Regente montava num cavalo ou égua; se gritou independência, ou apenas gemeu de dor de barriga!
Hoje é sete de setembro. Logo de manhã, cumpri meu dever cívico cantando, com Vanusa, o hino nacional. Alguma coisa não me pareceu bem. Senti algo como um desarranjo intestinal. Desarranjo, em meu dicionário informal diz respeito a uma falta de controle nos músculos inferiores obrigando você ir ao banheiro muita vezes por dia e pedir a morte, quando a porta do mesmo, se acha fechada. Aquilo da cantora teria sido uma falta de respeito? Olhe, nessa terra, em se plantando tudo dá e costumam dar, até mesmo o que não foi plantado.
Por falar em desarranjo, você não acredita, que ainda hoje, fui acometido por um deles bem de madrugada? Alguém exagerou na dose e fez serenata para a rua inteira, com as músicas de Luan Santana. Aquilo não foi canto, foi um espanto! Foi como acordar do berço esplêndido levando tapas na cara! Teria sido melhor continuar com Vanusa. Por falar no cantor, parei de ligar para uma amiga só para não ouvir a música de espera do seu telefone. Mas, como sou muito esquecido, outros dias, resolvi ligar para ela. Levei um soco no ouvido! Antes que ela atendesse ouvi a tal “musica”: … Um beijo vale mais que mil palavras! Desliguei correndo o aparelho e proferi mil palavras amaldiçoando a vida até a milésima geração!
Hoje é sete de setembro, dia de pensar na liberdade. Às vezes, misturo os ícones da liberdade nesse dia. Quero falar de Dom Pedro e, acabo falando de Antônio Conselheiro, Princesa Izabel ou Tiradentes. Não sei explicar o motivo de tamanha confusão. Mas, o que você pode esperar de alguém que acordou assustado com a “música” de Luan Santana, na voz de um ébrio anônimo, que procurava, inutilmente, o caminho de retorno ao lar? Foi tortura demais antes que raiasse o sol da liberdade, você não acha?