O 1º Concílio
Após a morte de Jesus, os primeiro cristãos também tiveram problemas com as autoridades em Jerusalém. Talvez, por inocência ou vontade ...

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Após a morte de Jesus, os primeiro cristãos também tiveram problemas com as autoridades em Jerusalém. Talvez, por inocência ou vontade de tornar Jesus mais conhecido para os judeus, os apóstolos teimavam em continuar freqüentando o templo. O círculo fechou sobre eles com a morte de Estevão. Muitos deixaram a cidade e dirigiram-se às terras pagãs…
Alguns foram para a Samaria, Fenícia, Chipre e Antioquia, na Síria. Antioquia era a terceira maior cidade do Império Romano após Roma e Alexandria, no Egito. Em Antioquia os seguidores de Cristo foram chamados de “cristãos” pela primeira vez (Atos 11,26). De lá, São Paulo partiu para suas viagens missionárias. A essas alturas ele já havia se convertido ao Cristianismo. Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores. Eram eles: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado junto com Herodes, e Saulo (Atos 13, 1-2).
Ao final da primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé, o “balanço” da mesma foi muito positivo. “A porta da fé foi aberta aos pagãos”. O Cristianismo começou crescer e a se desgrudar do judaísmo. É claro que isso não se fez sem crises e dificuldades. Alguns ainda estavam presos ao judaísmo e resistiam às novidades. Cientes das novidades em Antioquia um grupo mais conservador saiu de Jerusalém para puxar as orelhas dos cristãos de Antioquia. Diziam que para ser cristã a pessoa deveria ser circuncidada. Esse hábito fazia parte do judaísmo. A criança, logo cedo, deveria ser assinalada na carne para fazer parte do povo eleito. A discussão foi grande. Uns concordavam outros não. Para resolver o impasse uma comissão foi à Jerusalém. Esse foi o primeiro “Concílio” (reunião de autoridades eclesiásticas) da Igreja. Em Jerusalém a questão foi discutida e novamente. Uma nova comissão foi formada e enviada a Antioquia com o seguinte recado: “Nós, os apóstolos e anciãos, vossos irmãos, saudamos os irmãos vindos do paganismo e que estão em Antioquia e nas regiões da Síria e da Cilícia. Ficamos sabendo que alguns dos nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito. Eles não foram enviados por nós. Então decidimos, de comum acordo, escolher alguns representantes e mandá-los até vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo, homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem. Por que decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis: abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilegítimas. Vós fareis bem se evitardes essas coisas. Saudações!”(Atos 15, 22-31).
Lendo as decisões do primeiro concílio, podemos ver o equilíbrio e o bom senso orientando a Igreja. Ela saiu reforçada e fortaleceu-se na comunhão. O Espírito Santo, como bom conselheiro é que a orientou. O que prevalesceu não foi a mão forte da autoridade, mas, a caridade fraterna. O essencial foi preservado e as distorções foram corrigidas. Quantas coisas boas podemos aprender da igreja primitiva…
Que o Espírito Santo continue a orientar nossas decisões!