Procura-se Himeneu
Estou pensando em escrever algumas placas com os dizeres que intitulam esse texto, e espalhar as mesmas, por aí. Mas, antes vou explic...

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Estou pensando em escrever algumas placas com os dizeres que intitulam esse texto, e espalhar as mesmas, por aí. Mas, antes vou explicar quem foi Himeneu. Foi uma divindade da mitologia grega considerada padroeira dos matrimônios. O casamento, no mundo antigo, tanto na Grécia, quanto na terra de Jesus, era uma festa enorme que durava uma semana, ou mais. Embora, não houvesse namoro como hoje, e a poligamia fosse mais ou menos aceita, ninguém pode negar que a festa do matrimônio costumava ser bem mais animada, do que em nossos dias.
Conta, uma lenda, que Himeneu era tão bonito e de traços tão delicados que, certa vez, foi confundido com uma donzela e raptado junto com outras moças da Grécia. Depois de longa viagem os ladrões e mulheres (naquela época havia essa profissão) adormeceram de cansaço. Ao vê-los tão entregues a si mesmos Himeneu matou todos eles. Depois dessa façanha, exigiu a mão de uma das moças mais bonitas, em casamento, para que pudesse devolver as outras às suas famílias. Daí, nasceu a crença de que ele é uma espécie de divindade protetora dos matrimônios, um “Santo Antônio”, da mitologia grega. Era representado com flauta e tochas. Com a flauta animava as músicas. As tochas iluminavam as noites. Antes dos casamentos os noivos costumavam receber serenatas. Esses cantos eram chamados de “epitalâmios” (Tálamo, quer dizer quarto nupcial). Tais cantos possuíam uma origem religiosa. Quando executados invocavam a proteção da divindade para os noivos. Se isso funcionava, era outra história. Alguns atribuem esse caráter epitalâmico ao livro bíblico, “Cantico dos Canticos”.
Agora explico a ideia da placa procurando um Himeneu. Vejo que uma parte dos noivos não tem a menor ideia da importância do canto durante os matrimônios. Talvez, por causa disso, os “artistas” esbanjam “talento”! Certa vez, uma noiva me perguntou se não poderia tocar uma música das paradas de sucesso em seu casamento. Quase tive um infarto agudo do miocárdio. Por respeito a Himeneu não vou citar o cantor de sua admiração. Vejo que os casamentos correm perigo. Temo que um dos noivos saia correndo da Igreja quando o “cantor” abrir a boca. Sai de tudo, se deixar! “Castelo de amor”, “ entre tapas e beijos”, “Ai se eu te pego”… Que tristeza, meu Deus! Precisamos, urgentemente, de Himeneus. Não sei, se eles ainda existem por aí. Seja como for, o casamento é sublime demais para ser celebrado ao som de qualquer batuque ou “latumia”… Precisamos recuperar a beleza das celebrações. Elas são sagradas e acontecem num ambiente sagrado. Basta de extravagância ou de exotismos. Que Himeneu nos proteja e que Santo Antônio nos ajude!