Tristão e Isolda

Se o amor humano já é tão bonito, imaginem o amor de Deus! Hoje, no entanto, não vou falar sobre o amor de Deus. Pretendo falar sobre o...


Se o amor humano já é tão bonito, imaginem o amor de Deus! Hoje, no entanto, não vou falar sobre o amor de Deus. Pretendo falar sobre o amor humano, ou simplesmente sobre o amor. Não sei se o amor verdadeiro possa ter outra origem que não seja o próprio Deus. Talvez, nas suas diferentes manifestações ele seja um rastro de Deus que também se manifesta de formas múltiplas nas diversas experiências humanas…

Assisti, recentemente, a um filme de época sobre o amor: Tristão e Isolda. Faço questão de frisar que é filme de época. Isso porque o amor mostrado no filme vem embalado por sentimentos de honra e lealdade, coisas raras em nossos dias. O filme mostra um romance medieval entre dois jovens pertencentes a clãs rivais que lutam pelo poder após a queda do Império Romano.

O jovem “Tristão”, teve os pais assassinados ainda criança. Foi adotado por seu tio “Marke” e torna-se seu maior guerreiro. Dado como morto após uma batalha, Tristão é encontrado e tratado pela bela “Isolda”, com quem troca juras de amor. Ela mantém seu nome em segredo. Num torneio posterior ele ganha a mão de uma jovem para seu tio Marke. Só então, toma consciência que a jovem em questão era a mesma com quem trocara juras de amor sem saber o seu nome. Chamava-se Isolda e era princesa da Irlanda. O casamento de Marke com Isolda faz cessar as lutas entre a Inglaterra e Irlanda. Por outro lado, faz Tristão ficar dividido entre o amor e a honra. Sempre quis ser fiel ao seu tio, mas não conseguia se esquecer de Isolda. Isso gera um triangulo amoroso que pode colocar em risco a segurança do reino inglês. Tristão experimenta a dor quando o destino não lhe permite conciliar o sentimento pela mulher amada com o sentimento de fidelidade ao tio e ao seu reino. O filme fala de um tema clássico. E nos faz perguntar pelo que deve vir primeiro o amor ou a missão. Em meio às muitas variantes dessa história o filme optou pela morte de Tristão deixando Isolda viva com a sua dor. Como prêmio de consolação restou-lhe a certeza que Tristão jamais quis ser desleal ao seu tio.

O drama mostrado no filme é algo sempre atual. As pessoas nem sempre escolhem a quem amar. Os gregos explicavam isso pelo mito de cupido. Ele flechava os corações de forma diversa. Às vezes usava flechas com pontas de ouro e com elas cruzavam dois corações. Nesse caso, a experiência de amor era mais forte que a morte. Às vezes ele vingava. Flechava um coração usando ouro na ponta da flecha e outro usando chumbo. Nesse caso, uma das vítimas se apaixonava perdidamente por alguém e esse alguém odiava cada vez mais a vítima apaixonada. Às vezes usava a flecha de mesma ponta e cruzava corações já amarrados em outras relações. Foi o que aconteceu com Tristão e Isolda. O amor era verdadeiro, mas impossível. O final feliz não estava garantido para esses casos. “Tristão e Isolda” mostra com toda beleza a força de um amor impossível que nem Romeu e Julieta viveram. Vale a pena conferir.

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  1. Gostei muito de ver ao filme e ainda mais com esse texto relembrei e emocionei me.

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  2. ..."Se o amor humano já é tão bonito, imaginem o amor de Deus!"....

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  3. ..."O amor era verdadeiro, mas impossível.".
    Deus seja louvado sempre!

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