Alegrai-vos!
Fico imaginando o inusitado da cena: - um grupo de mulheres prostradas, abraçando os pés de Jesus! Ao que parece, nem se preocupavam c...
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Fico imaginando o inusitado da
cena: - um grupo de mulheres prostradas, abraçando os pés de Jesus! Ao que
parece, nem se preocupavam com possíveis comentários que poderiam surgir
daquela cena. Será que estavam embriagadas e perderam a noção do que faziam? –
Não. Estavam mergulhadas num oceano de alegria! Nem conseguiam acreditar que
fosse verdade, tudo aquilo. Elas foram visitar uma sepultura e encontraram o
morto ressuscitado! Essa verdade, estonteante, foi uma novidade tão grande que
nem mesmo para elas, que sempre acreditaram em Deus, foi fácil acreditar. E
como se não bastasse a inundação de alegria que lhes tomou o coração, Jesus
ainda reforçou esse sentimento ao dizer: - Alegrai-vos!
Como não se alegrar depois de
tudo o que estavam vendo e ouvindo? Ainda há pouco, elas haviam presenciado o
show de horrores no alto do calvário; tinham sido testemunhas de toda a cena
macabra da crucificação; provavelmente, tinham sido ridicularizadas pelos
guardas encarregados daquela situação... Agora, nem podiam acreditar no que
estavam vendo. Jesus estava com aparência limpa e brilhante. Estava com rosto sereno
e luminoso. Nem parecia o mesmo de antes. Mas, as marcas dos pregos estavam lá,
bem visíveis em suas mãos, a chaga no peito ainda estava aberta. Elas que
buscavam na sepultura os vestígios do que sobrou e agora, foram surpreendidas,
ao ver que o que sobrou, foi a própria sepultura. Como não imaginar que tudo
aquilo fosse um sonho?
Num tempo em que ninguém ligava
muito para as mulheres, Jesus lhes dá o privilégio de terem sido as primeiras a
vê-lo ressuscitado. E onde estariam os discípulos? Onde estaria Pedro, logo ele,
que chegou a defender Jesus com tanta valentia, durante a prisão? Será que haviam se dispersado tão rapidamente?
Talvez, por isso, Jesus encarregou às mulheres de reunir, novamente, o seu
grupo. Dessa vez, foi um pedido com jeito de ordem: - Ide anunciar aos meus
irmãos que devem ir para a Galiléia e lá me verão... A Galiléia foi onde tudo
começou. E agora era hora de um recomeço. Antes, os discípulos puderam contar
com a o Jesus histórico, mas, a partir dessa cena, só poderão contar com o
Cristo da fé. E essa fé, deveria ser reforçada a partir do contato com os mais
pobres, pois a Galileia era o lugar dos pobres, dos estrangeiros, dos
excluídos...
Jesus ressuscitado, mantém sua discrição,
ao revelar-se, a partir da Galiléia e não da capital. Sua postura, após a
ressurreição, não foi diferente da que sempre teve em vida. Aliás, foi em razão
dessa postura de firme obediência ao Pai, que o fez levantar-se do túmulo. “Embriagadas”
de alegria, as mulheres correm para anunciar a boa nova aos discípulos. Jesus
estava vivo! A Cruz ficou no passado. A morte foi vencida!
Precisamos, ainda hoje, retomar
esse sentimento de alegria que brota de dentro. Brota da certeza de que Jesus
está vivo e nos acompanha. Caso contrário, nossa fé seria apenas um museu que
guarda as lembranças do passado. Ele está vivo. Portanto, alegremo-nos! E com
essa alegria no coração é que vamos encarar as durezas de nosso tempo. Ela não
é uma alegria do bobo alegre. É uma alegria que vem de dentro, vem da certeza
de saber que, podemos vencer, ainda hoje, as estruturas de morte que nos ameaçam.
Cristo venceu a morte e com Ele, também nós venceremos. Aleluia!
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
Bom dia padre Gabriel mt lindo se eu encontrace jesus eu debrussaria nus pés dele tbm
ResponderExcluirMto obrigada. Alegre mo nos!
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