São Paulo: Um atleta de Cristo!

 

Antes de subir ao céu, Jesus deu uma ordem aos discípulos: Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura! Naquele momento, estavam nascendo os missionários itinerantes. De fato, a pregação do Evangelho exigiu, desde o início, muita coragem e disposição para viajar. Perseguidos em Jerusalém, os discípulos fizeram de Antioquia uma “plataforma de arremesso” da evangelização. De lá, muitos partiram para evangelizar o mundo antigo. Dentre todos, destacamos a figura de São Paulo. Paulo passou boa parte de sua vida viajando e enfrentando as dificuldades próprias do ofício. Foi um verdadeiro atleta de Cristo! 

No tempo de São Paulo, as estradas não ofereciam segurança nem conforto. Apenas algumas estradas, do império, possuíam hospedarias. Algumas “empresas de segurança” daquele tempo ofereciam serviços aos viajantes. Mas, nem em sonho, imaginavam carros, asfaltos, ou “GPS”, para orientar os caminhantes. Assim, o perigo de assalto era constante. Além disso, viajava-se por desertos, montanhas e mares. São Paulo chegou a se perder em alto-mar, apanhar, levar picadas de cobras, passar fome e frio. Ele mesmo nos fala sobre isso: 

Na Segunda carta aos Coríntios, chegou a dizer: “ “Fiz muitas viagens”. Sofri perigos nos rios, perigo por parte dos ladrões, perigo por parte de meus irmãos de raça, perigo por parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos por parte dos falsos irmãos, Três vezes naufraguei. Passei um dia e uma noite em alto-mar (2 Cor 11, 26.25). Apesar de tudo isso, afirmou: Tudo posso naquele que me fortalece!

Quem viaja muito sabe o quanto é difícil assimilar uma cultura diferente da sua. São Paulo enfrentou isso o tempo todo. Culturas diferentes, línguas diferentes, religiões diferentes... Nada desanimou aquele que desejava “completar na própria carne o que faltava à paixão de Cristo”. Paulo, no entanto, não viajava só. Em sua primeira viagem levou Barnabé e João Marcos, Na segunda levou Silas e depois Timóteo. Em seus escritos aparecem como seus companheiros, homens e mulheres de diversas regiões: Priscila, Áquila, Lídia, Febe, Eunice, Lóide...           

Por enfrentar uma maratona tão grande, parece que São Paulo tinha muita saúde. Somente com saúde de ferro, poderia enfrentar as longas distâncias, o trabalho para ganhar sustento, os jejuns, as prisões, o calor e o frio. É bom lembrar que em Listra ele foi apedrejado, em Atenas vaiado, em Filipos e Jerusalém foi preso. Mas, os sofrimentos não pararam aí. Foi incompreendido pelos próprios cristãos em razão de seu “ecumenismo”. O sustento para as viagens ganhava trabalhando com as próprias mãos. Segundo ele, quem não trabalhava também não devia comer. Por isso, percorria certa distância e aí tinha que parar para trabalhar e ganhar o dinheiro para continuar sua jornada. 

Paulo realizou três grandes viagens e levou mais ou menos treze anos nessa tarefa!  Em cada viagem uma nova experiência e novos conflitos. Ao longo das viagens escrevia suas cartas manifestando todo seu cuidado com as comunidades fundadas anteriormente. Certamente, começou a viajar com, aproximadamente, 41 anos. No começo tudo parecia mais fácil. Com a idade, as coisas foram piorando. Mas sua fé inabalável em Deus, fez dele um verdadeiro atleta de Cristo, para levar o Evangelho a todo o mundo antigo. Por isso, com justiça podemos considerá-lo como o apóstolo das nações, e luz dos povos. Seu exemplo é digno de ser imitado por todos os cristãos.

São Paulo Apóstolo, Rogai por nós!

Imagem de Free-Photos por Pixabay