Escândalo: Jesus foi jantar com Mateus, um pagão!

Não dá para ignorar que o mundo vive uma espécie de “Apartheid social” e essa realidade também é vivida também no Brasil. O “Apartheid” foi ...

Não dá para ignorar que o mundo vive uma espécie de “Apartheid social” e essa realidade também é vivida também no Brasil. O “Apartheid” foi um regime de segregação racial que vigorou na África do Sul de 1948 a 1990. Durante esse período os negros foram proibidos de uma série de direitos, inclusive do direito de casar com pessoas brancas. Podemos chegar a tal conclusão, após ver, reincidentemente, cenas de racismos e preconceitos contra um seguimento de pessoas, no caso, os negros. E isso é tão violento que nem mesmo a boa situação financeira de alguém é capaz de livrá-lo de tal preconceito. Ilustra esse exemplo, o caso recente, do jogador Neymar que teria sido chamado de “macaco” por outro jogador espanhol. Imagine você! Se até Neymar, que é milionário, não conseguiu libertar-se dessa pecha o que não acontece com a grande maioria dos negros que vive em grande pobreza!

Ao que parece, a humanidade nunca conseguiu se libertar desse pensamento tacanho que marginaliza e discrimina certos grupos, às vezes, simplesmente, pela cor da pele. É lamentável que, apesar de tantos passos, dados pela humanidade ainda tenhamos que conviver com situações desse tipo.

No tempo de Jesus também havia discriminações e preconceitos. Os pagãos daquele tempo costumavam ser chamados de “cães” pelos judeus. Jesus mesmo chegou a usar da expressão no diálogo com a mulher Cananéia: Não é justo tirar o pão da mesa e dá-lo aos cachorros! Pelo visto usou desse aparente preconceito para dar-nos uma lição, pois além de atender aquela mulher ainda elogiou sua fé.

Os cobradores de impostos também eram mal vistos naquele tempo. A palestina estava sob o domínio romano e os cobradores de impostos colaboravam com tal dominação, pois trabalhavam para os romanos (pagãos) e, portanto, estavam constantemente em contato com os cães. Sendo assim, eram considerados impuros!

Ao passar, certo dia, próximo à banca dos impostos, Jesus resolveu convidar um desses cobradores para fazer parte de seu grupo. Trata-se de Levi, ou Mateus. Mateus deixa seu posto e passa a seguir o  mestre. Mas, antes de aderir ao grupo dos discípulos quis dar uma ceia, uma espécie de “despedida de solteiro” para os amigos. Jesus também foi convidado e compareceu. Isso lhe custou muitos comentários maldosos. Os judeus mais piedosos ficaram escandalizados com a atitude de Jesus, pois eles jamais entravam em casas de pagãos.

Jesus estava à frente de seu tempo. Por isso, não ligava para os preconceitos. Estava bem acima deles! Aliás, chegou a dizer que veio por causa dos marginalizados. Os “sãos” não precisam de médicos e sim os enfermos. Ele não veio para os santos, mas para os pecadores. O que Jesus diria dos preconceitos e discriminações de nosso tempo?

Imagem de Belinda Cave por Pixabay  (Celas da Prisão)


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  1. Texto maravilhoso. Parabéns Padre Quanto à pergunta acho que Jesus Cristo diria que quanto mais amor ele doa,mais nós ficamos devendo.

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  2. Somos acostumadas a seguir regras ditadas por outros. Se dermos um passo à frente nos rotulam dizendo que estamos colocando o carro à frente dos bois

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