Deus não desiste nem daqueles que são vomitados

  É interessante observarmos as reações das pessoas quando uma criança tem refluxos. Alguns torcem o nariz, outros saem de perto. Às vezes, ...

 


É interessante observarmos as reações das pessoas quando uma criança tem refluxos. Alguns torcem o nariz, outros saem de perto. Às vezes, até o pai costuma entregar o bebê para que a mãe o limpe. A mãe jamais recusa o filho! Por isso, toma a criança nos braços limpa seu vômito, troca sua roupinha e a faz adormecer. Essa situação ajuda-nos a refletir sobre o amor de Deus. Um caso semelhante a esse, aconteceu com o profeta Jonas. Deus o acolheu e continuou a apostar nele, mesmo após ter sido vomitado por um grande peixe nas praias de Nínive.

Jonas era um profeta meio pirracento e reclamão. Deus o chamou para evangelizar a Cidade de Nínive e ele não aceitou o chamado. Aliás, reagiu de forma contrária. Tomou um navio e seguiu na direção oposta a Nínive. Deus precisava de sua atuação de um lado e ele foi para o outro. Assim como nós, Jonas achava que ele tinha toda a razão. Acontece que, durante a viagem, o navio onde ele estava foi surpreendido por uma grande tempestade. A carga do navio teve que ser jogada ao mar para evitar a morte da tripulação. E Jonas onde estava? Dormindo, tranquilamente, no porão do navio! Fugindo de Deus ele não apenas toma um navio, mas refugia-se em seu porão. Ao que parece, não queria ver e nem falar com ninguém.

Para evitar o naufrágio cada passageiro rezava, desesperadamente, ao seu deus. O capitão do navio, mesmo sendo pagão, cobrou a mesma atitude de Jonas. O profeta que deveria ser exemplo de fé levou um puxão de orelha de um pagão. Isso é bem irônico. Depois de tentar navegar em vão, os tripulantes resolveram tirar a sorte para ver quem seria o azarado da turma. A sorte recaiu sobre Jonas. Mas, ao que parece ele nem se assustou. Simplesmente, pediu que fosse jogado ao mar. No auge de sua “depressão” não se importava de trocar o porão do navio pelas profundezas do oceano...

Muitas vezes, também nós, somos assim: Absolutamente indiferentes ao chamado de Deus! Nos fazemos de surdos para não atender aos seus apelos. Preferimos seguir nossas próprias ideias e convicções. Às vezes, é necessária uma grande tormenta para nos acordar para Deus!

Depois de esgotados os últimos recursos os tripulantes do navio arremessaram o profeta ao mar. Naquele mesmo instante, ele foi “providencialmente”, engolido por um grande peixe. No ventre do peixe, fora de sua “zona de conforto” e de suas seguranças Jonas começa a ter um encontro com sua verdade e com Deus. Mas, esse encontro inicial será amadurecido mais tarde. Pelo visto, ele continuou azedo. No ventre do peixe permaneceu por três dias! Mas, de tão indigesto nem o peixe conseguiu ficar com ele. Por isso acabou vomitando-o, na praia de Nínive, exatamente, para onde não queria ir...

Nessas alturas do campeonato podemos nos perguntar: Por que Deus não desistiu de Jonas? Certamente, havia outros bem melhores do que ele, naquele tempo. Não conseguimos responder, facilmente, essa pergunta. Quem poderá conhecer as razões de Deus? Que razões Deus teve para ter me escolhido e escolhido você para alguma missão? Não somos mais virtuosos do que outros e nem temos as qualidades que outros possuem. Mas, Deus não desiste, facilmente, de nós. Quando ele nos chama o seu chamado é imperativo. Desviar desse chamado não é coisa fácil.

Nossa sociedade exclui e vomita muitas pessoas. Mas, Deus é como uma mãe. A mãe não rejeita o filho só porque está sujo de vômito. Além disso, ele acolhe aqueles que foram vomitados pela família, pelo mercado de trabalho e pela sociedade. O seu lugar costuma ser junto aos últimos e não junto aos primeiros. Diferente de nós que escolhemos os melhores para nos ajudar em algum empreendimento, Deus escolhe muitos dos que foram rejeitados... Aquilo que o mundo não valoriza e despreza costuma ter muito valor para Deus.

Quando Jesus chamou os apóstolos para segui-lo, ele não fez questão de escolher os figurões de seu tempo. Pelo contrário, chamou pescadores, cobradores de impostos e gente do povo. Ele não julga pelas aparências, mas pelo interior.  Nós ficamos presos às aparências, talvez, por isso, erramos tanto em nossas escolhas. Pessoas como o profeta Jonas certamente, não seria chamado para ajudar em nenhum trabalho nos dias de hoje. E, no entanto, quando ele assumiu, pra valer, o chamado de Deus conseguiu converter toda a Cidade de Nínive com sua pregação. Deus sabe mesmo o que faz!

Imagem de Jeff Jacobs por Pixabay 

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