A humildade e as cordas do diabo
Se tem uma coisa que o diabo parece não ter é preguiça. Ele age, dia e noite, para conseguir seus intentos e afastar-nos de Deus. Quando t...
Se tem uma coisa que o diabo parece não ter é preguiça. Ele
age, dia e noite, para conseguir seus intentos e afastar-nos de Deus. Quando
tudo parece caminhar bem, ele dá um jeito de semear desarmonia. Consegue
colocar areia na farofa e desestabilizar qualquer relação, por mais que ela pareça duradoura. Eu costumo dizer aos casais
que me procuram: Confiem em si mesmos, mas, confiem mais ainda em Deus, pois,
todos nós temos os pés de barro! Apesar dessa orientação, vejo que muitos deles
se esquecem de Deus e, quando percebem, já foram arrastados pelo inimigo
que só gosta de divisões e separações.
Depois que o caldo entornou alguns me procuram para desabafarem. Nessas ocasiões,
eu sempre lhes pergunto, se eles estavam rezando juntos e cuidando da própria
relação. A resposta, quase sempre, é negativa. Isso me faz pensar que, quando a
relação termina, é porque a fé terminou antes.
Na oração do Pai-Nosso, ensinada por Jesus, por duas vezes,
pedimos a Deus que Ele nos livre do mal: Não nos deixeis cair em tentação;
livrai-nos do mal... Se esse problema não fosse tão sério, Jesus não teria insistido
tanto nisso. Uma das armadilhas do
inimigo é tão antiga quanto o mundo e, mesmo assim, a gente ainda cai nela. Ela
consiste em despertar em nós, o desejo de sermos iguais a Deus. Não foi essa a fala da serpente à primeira
mulher, levando-a, ao pecado? Olhando
aquele fruto que parecia apetitoso e de bom paladar Eva, certamente, pensou: -
Por que não? Além disso, ouvira uma promessa mentirosa, uma “Fake News”, que,
se comesse tal fruto, ficaria igual a Deus. Como resistir a tão grande
tentação?
Ficar igual a Deus; esse é o maior sonho da humanidade! Apesar de sermos uma carência ambulante
sonhamos com a onipotência. Dizem que Santo Antão, o fundador da vida monástica,
certa vez, teve um sonho e dentro dele uma visão: Viu grande parte dos homens
sendo arrastada ao inferno por meio de milhares de cordas que os puxavam.
Aquela visão o incomodou muito, pois, não via como cortar tais cordas e
libertar os cativos. E, no entanto, via que alguns homens não eram amarrados
nem puxados pelas cordas. Então, questionou ao próprio Deus sobre aquelas exceções.
E ouviu de Deus mesmo, que os únicos que escapam das cordas são os
humildes. A humildade é uma virtude que
nos defende do inimigo, pois, quem é humilde não quer ser maior, do que de fato,
é. Num mundo competitivo, onde todos buscam grandezas, quem seria capaz de se
livrar dessas cordas? Atualmente, disputamos
“likes”, curtidas e seguidores... A internet é o melhor palco das nossas
vaidades! Alguns já andam com celular e “pau
de selfie” A cada passo que dão, fazem posses destinadas às redes sociais.
Nesse ambiente virtual todos se mostram felizes e sorridentes... Ninguém tem problemas ou frustrações.
A internet é o país de Alice, ou seja, o país das maravilhas! Para concluir
minha reflexão eu lhe faço uma pergunta incômoda: - Será que você também não
está com uma corda no pescoço? Veja bem, enquanto é tempo, quem está mesmo
puxando essa corda...
Imagem de Shibari Kinbaku por Pixabay
Padre Gabriel, que maravilha, eu não conhecia essa história de Santo Antão, aliás santo do dia de meu nascimento!
ResponderExcluirFaz pensar muito sobre.
A velocidade das mudanças é muito intensa. O que é atual hoje, amanhã já caducou. Não conseguimos acompanhar tantas propostas que o mundo oferece. O importante é filtrar tudo o que chega até nós e não deixar-nos levar pelas fakes News. Na humildade e com sabedoria, saibamos viver diante de tantos desafios da vida presente...
ResponderExcluirDa vontade de reler mais e mais...
ResponderExcluir...quando um casamento acaba é porque a fé já acabou.
ResponderExcluirOBRIGADA POR SEMPRE NOS LEMBRAR QUE DEUS DEVE ESTAR EM PRIMEIRO LUGAR NA NOSSA VIDA.
OBRIGADA POR ME ABRIR OS OLHOS.
ResponderExcluirMuito bonita reflexão
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