Medo do altar
Acho que não é só comigo que isso acontece. Percebi em algumas igrejas que já trabalhei certo medo dos fiéis de ocuparem os primeiros luga...
Acho que não é só comigo que isso acontece. Percebi em
algumas igrejas que já trabalhei certo medo dos fiéis de ocuparem os primeiros
lugares durante as celebrações. Às vezes, a Igreja estava vazia e, ainda assim,
as pessoas ocupavam os últimos bancos.
Ainda hoje, alguns permanecem em pé, junto à porta. Assim percebem duas
realidades ao mesmo tempo: O que se passa na celebração e o que se passa na
rua.
Por causa da Pandemia do Covid-19, tivemos que mudar o
espaçamento entre os bancos e cadeiras nas igrejas. O espaço foi redimensionado em vista de
melhor acolhimento assegurando o distanciamento físico entre as pessoas.
Alguns, no entanto, não percebem isso e, mesmo quando chegam atrasados nas
celebrações, removem os assentos puxando as primeiras cadeiras para as últimas
fileiras, alterando assim, aquela disposição inicial dos assentos. Às vezes, me
pergunto pela razão desse comportamento que leva a pessoa a não ocupar os primeiros
assentos. Seria humildade? – Duvido muito! Precaução para não se comprometer
com a celebração? –Talvez! Pouco interesse na celebração do mistério? Pode
ser! Frieza litúrgica? - Certamente!
Algumas pessoas preferem acompanhar as celebrações em pé e
encostados nas paredes dos fundos deixando vazios os primeiros assentos. Certa vez, esperei que a assembleia se
acomodasse e mudei o altar de lugar. Ele era móvel, pois a capela ainda estava
em construção. Assim os que arrastaram as cadeiras para os fundos acabaram
ficando mais perto do altar. Alguns só não saíram correndo de vergonha. Mas, a
lição foi dada!
Como devemos nomear esses católicos das últimas horas e dos
últimos bancos? Seriam apenas arredios ou “meia-boca”? Não sei! Cada um que se
entenda com Deus depois. É para Ele que teremos que justificar nossos atos e
comportamentos. Como alguns irão explicar o fato de chegarem sempre atrasados
nas celebrações e saírem correndo ao final? Querem participar da celebração,
mas não tiram os olhos da rua. Estão sempre com um olho no peixe e outro no
gato, que, nesse caso, é a rua mesmo. Perguntem a essa galera o que entenderam da
reflexão do presidente da celebração... Um desses camaradas chegou a me relatar
que de longe ele veria melhor. Será? Nos estádios de futebol será que ele
também faz questão de ficar na última fileira para “ver melhor” o jogo? Duvido muito! E você? Qual é o seu interesse
e envolvimento nas celebrações de sua comunidade? Pense nisso!
https://pixabay.com/pt/photos/igreja-brilho-de-luz-esperan%c3%a7a-5126806/
..."Querem participar da celebração, mas não tiram os olhos da rua. Estão sempre com um olho no peixe e outro no gato, que, nesse caso, é a rua mesmo."..
ResponderExcluirConcordo plenamente com o senhor e faço uma observação:
Além do fato citado, pior são os casos de "cantores" que querem se promoverem usando a igreja, e cantam musicas que só eles sabem a letra, desfilam moda, deveriam usar jaleco próprio como liturgia, ministros da Sagrada comunhão,coroinhas...
É minha opinião!Abraço.
ótimo...
ResponderExcluirOlho no peixe e outro no gato. À maioria são assim mesmo. Não compromissados.
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