Ser santo
Engana-se, quem pensa que a santidade seja um privilégio de poucos e, que só alguns iluminados, conseguem atingi-la. Pensar assim, é negar...
Engana-se, quem pensa que a santidade seja um privilégio de
poucos e, que só alguns iluminados, conseguem atingi-la. Pensar assim, é negar,
de alguma forma, nossa herança da filiação divina. Somos filhos de Deus e Ele é Santo. Então, temos
uma vocação natural à santidade assim como quem recebe uma herança
genética. Cada um de nós nasce com a
semente da santidade que irá brotar ou crescer conforme as condições de nossos
terrenos. Aqui podemos citar aquela parábola que fala dos quatro tipos de terrenos (chão batido, pedregoso, espinheiro e terra boa). Conforme as condições do
terreno onde crescemos, essa semente pode germinar ou morrer. Nesse ponto,
devemos nos lembrar da importância da família na formação cristã de seus
membros. Deus tem seus caminhos e é
capaz de tornar as pedras filhas de Abraão, mas penso, que a térrea boa irá
contribuir muito para o crescimento da semente. Talvez, nos sirva de exemplo
aqui, os pais de Santa Terezinha, a mãe de Santo Agostinho, de Dom Bosco e
tantas outras... É bom citar esses
exemplos pois, na luta pela sobrevivência, muitas vezes, os pais se esquecem da
grande importância do exemplo deles na vida dos filhos. Alguns santos chegaram a
dizer: Eu devo tudo à minha mãe!
Ser santo não é agir contra a natureza mas, simplesmente, dar
vazão a essa virtude sobrenatural que herdamos por nascimento. Além do pecado
original herdamos também uma santidade original que poderá crescer em nós, ou
não, dependendo das respostas que daremos às graças de Deus. Fomos criados no
amor e para o amor. O ódio em nós é acidente de percurso! É verdade que, na escada da santidade, não
subimos todos na mesma velocidade. Alguns, sobem mais rápido e outros mais
lentamente; Alguns se tornam santos na barra do dia e outros no crepúsculo da
tarde. São Geraldo, São Domingos Sávio, Maria Gorete e outros, alcançaram a
santidade ainda na juventude. Outros, somente a alcançaram no entardecer da
existência. Infelizmente, pode acontecer que, e vez de subir nessa escada, a
gente desça. Por isso, precisamos estar
sempre atentos e buscar tudo aquilo que contribua com nossa subida. Nesse
sentido, vale ler bons livros, ver bons filmes, ter uma vida de oração e
praticar a caridade. Nesse caminho não existe carreira solo. Nossa abertura ao
outro e a Deus é fundamental. Santidade é patrimônio individual que se constrói
na coletividade. O outro pode me fazer
mais santo ou pecador. Creio também, que nessa empreitada, a convivência com a
Palavra de Deus seja fundamental. Como boa professora, ela nos ensina, inspira
e corrige.
Somos filhos de Deus e jamais deveremos nos esquecer dessa
verdade. Dele recebemos, sem merecer, a herança da santidade e um dia,
retornaremos a Ele, com as mãos vazias ou cheias. Isso irá depender muito de
nossas escolhas. Como um bom pai, Deus espera de nós, frutos maduros de paz,
harmonia e justiça. Podemos adiar para amanhã a decisão de ser santos. Isso não
é prudente pois, o amanhã, poderá não existir.
Então, comecemos, agora mesmo, a trilhar as veredas do amor e do bem.
Não tenha receio de abraçar a santidade como um caminho natural de nossa
condição pois, não seria natural ao peixe querer viver fora d’água. Sejamos santos ainda que vivendo nos pequenos
riachos. Sabemos, que um dia, todos eles irão desembocar no grande mar...
Imagem de Leejongsung por Pixabay
Sábias palavras que nos ajudam e viver para sermos santos.
ResponderExcluirPadre Gabriel, sempre nos orientando com tanta sabedoria!
Amém, esse mar é o Céu! Espero que eu esteja no percurso certo!
ResponderExcluirAchei muito lógico o texto. Abrange santos sanguíneos, como Agostinho e santos melancólicos como Santa Terezinha. É a maravilhosa diversidade da nossa Igreja Católica.
ResponderExcluirSer santo é uma atitude de vida. É semear o amor, a bondade, a misericórdia e a esperança no coração do outro. Sejamos, pois, santos! Eis o grande desafio!
ResponderExcluirParabéns padre por esta belíssima reflexão,a santidade não é privilégio de poucos pois todos somos filhos de Deus!!! E ele é santo....
ResponderExcluirÉ uma grande verdade que somos filhos do Pai Santo por isso devemos imitá-lo porém requer de nós fé e perseverança e uma verdadeira entrega à prática do amor.
ResponderExcluirCom uma orientação desta natuteza, fica bem mais fácil entender e seguir o caminho.
ResponderExcluirMaravilhosa reflexão. Sim, somos convocados por Jesus a sermos santos,como nosso Pai do Céu é santo." Nesse caminho não existe carreira solo. Nossa abertura ao outro e a Deus é fundamental. Santidade é patrimônio individual que se constrói na coletividade." Então, temos que fazer o nosso caminho e seguirmos os "modelos" dos santos a começar do nosso Mestre.
ResponderExcluir..."Não tenha receio de abraçar a santidade como um caminho natural de nossa condição pois, não seria natural ao peixe querer viver fora d’água."..
ResponderExcluirTodos nos somos chamados a ser santos!
Excelente!
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