Dois tipos de viajantes
Cansados de andar um grupo de viajantes deitou-se, à sombra de uma árvore, para tirar uma soneca. Como estivessem exaustos todos acabaram ...
Cansados de andar um grupo de viajantes deitou-se, à sombra
de uma árvore, para tirar uma soneca. Como estivessem exaustos todos acabaram
dormindo. Com o avançar do dia o sol caminhou e a sombra da árvore mudou-se de
lugar. Assim eles ficaram desprotegidos dos raios solares. Além da luminosidade
refletida nas pálpebras o calor do sol aqueceu o corpo de todos eles. Alguns acordaram com a claridade e retomaram
o caminho chegando em casa ainda durante o dia. Outros, apesar de tocados pelos
raios do sol, puxaram o chapéu sobre a testa e continuaram a dormir. Quando retomaram a viagem já estava
escurecendo e, perdidos na floresta escura, tiveram mais dificuldades de chegarem
em suas casas. Nervosos acabaram culpando o sol por ter entrado tão cedo atrás
do horizonte...
Após a história relatada acima eu lhe pergunto: De quem foi a
culpa pelos transtornos enfrentados pelo segundo grupo de viajantes? A culpa
seria do sol ou deles mesmos? Porque o primeiro grupo conseguiu chegar em casa,
antes do anoitecer, e o segundo não conseguiu? O sol seria, mesmo, o culpado?
Consideremos agora, que o sol seja Deus e nós os viajantes,
afinal, todos nós somos caminheiros para o céu. Vencidos pelas fraquezas nós
também dormimos, de vez em quando. Mas, assim como o sol, Deus nos acorda
suavemente, com o toque de sua luz a que podemos chamar de graça. Alguns se
apropriam logo da graça de Deus e retomam a caminhada. Outros agem de forma bem
diferente. Maria, a mãe de Jesus, acolheu de forma plena os dons divinos. Por
isso, quando rezamos dizemos: Ave Maria, cheia de graça! Diferente dela, nem sempre acolhemos tais bênçãos.
Ao derramar sobre nós os seus benefícios Deus não ganha nada
com isso pois, nada podemos acrescentar à sua glória. Nós é que ganhamos quando
crescemos na santidade. Deus não escolhe dia nem hora para vir em nosso
socorro. Pode tocar-nos, simplesmente, através de uma música ou um pôr do sol.
Como você acolhe esses toques suaves de Deus? Quem tem sido instrumento da graça de Deus em
sua vida? E você, tem sido graça na vida de alguém?
Nesse mundo todos somos viajantes e o Céu é o nosso ponto de
chegada. Durante a caminhada o que nos sustenta é a graça de Deus. Portanto,
não a desperdice. Ela o ajudará sempre nessa caminhada rumo a Deus. Todos somos
“cidadãos do infinito” e caminheiros para Deus. Ao longo dessa estrada Deus vai
mantando nossa sede com a suavidade de seus toques divinos.
Obs: Texto baseado no Tratado do Amor de Deus, de S.
Francisco de Sales. Livro IV, Cap V.
Foto: Arquivo pessoal.
Fico pensando quão burro(a )(usando de palavra chula), quando ouço
ResponderExcluiruma pessoa dizer que não acreditar em Deus.
O tempo todo e em tudo sabemos que temos os sinais da presença de Deus. Mais que sinais sua certeza no comando de tudo.
Contrapondo ao descrente, feliz é quem tem a certeza do Deus misericordioso, mas nossas escolhas nos tornam responsáveis, porque esta liberdade nos foi dada.