O Verbo de Deus se fez carne

  São João Evangelista, com a profundidade do oceano, começa seu Evangelho dizendo: “No princípio era o verbo, e o verbo estava em Deus...”(...

 


São João Evangelista, com a profundidade do oceano, começa seu Evangelho dizendo: “No princípio era o verbo, e o verbo estava em Deus...”( Jo 1, 1). No entendimento teológico o “verbo” é Cristo, a palavra do Pai, terceira pessoa da Santíssima Trindade.

A Trindade Divina, uma comunidade de perfeito amor, criou o mundo e tudo o que existe. Criou com a perfeição divina pois, sendo Deus, não poderia fazer de forma diferente. A Trindade Santa não apenas criou mas, organizou, harmoniosamente, toda a criação: Separou luzes e trevas, céus e terras, mares e rios... Por fim, empenhou-se, ainda mais, na criação do ser humano: “Façamos (no plural) o homem à nossa imagem e semelhança”! Deus se esmerou na criação do homem. Bastar-nos-ia uma reflexão sobre isso, para mudar nossas vidas. Somos imagem e semelhança de Deus e isso não é pouca coisa!

Apesar desse imenso carinho de Deus para com o ser humano o homem pecou e virou as costas ao criador. A partir de então, a desordem imperou na criação: Violência, guerra, destruição da fraternidade e do meio ambiente... O Apóstolo Paulo afirma que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6, 23).  Deus que não nos criou para o pecado, certamente, ficou triste e poderia ter tomado diante disso duas atitudes: Perdoar, simplesmente, ou destruir tudo num piscar de olhos. Mas, não fez nem uma coisa nem outra e tomou uma decisão cheia de compaixão e sabedoria: Encarnou-se, ele mesmo, na história humana. Tornando-se homem, sem deixar de ser Deus, elevou sobremaneira a pobre condição humana. Assim, nos resgatou do pecado e nos salvou das trevas reconduzindo-nos aos braços do Pai. Por nossa própria conta, jamais pagaríamos a Deus o preço de nossa desobediência. Jesus, o homem-Deus, pagou em nosso lugar, ao derramar na cruz, o próprio sangue em nosso favor. Esse foi o ponto mais alto da história humana, a plenitude dos tempos, quando Deus enviou-nos o seu filho nascido de uma mulher.

Pelo mistério da encarnação Deus nos divinizou pois, elevou a condição humana a um patamar nunca visto. Para nos elevar ele se rebaixou, para nos livrar da morte morreu em nosso lugar. Somente o amor infinito de Deus pode explicar a grandeza desse mistério. Diante de Jesus, Deus humanizado, não permaneçamos indiferentes, pois seria insensatez rejeitar um gesto de amor tão grande que Deus nos ofereceu em Cristo!

Imagem de Monika por Pixabay 

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