Cristo Rei: Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas
Constatamos que, atualmente, grande parte das pessoas está cansada, abatida e desorientada. Ao que parece, muitos perderam o rumo e o sent...

Constatamos que, atualmente, grande parte das pessoas está
cansada, abatida e desorientada. Ao que parece, muitos perderam o rumo e o
sentido de suas vidas. Vivemos numa sociedade distópica, afirmam os
especialistas. Em outras palavras, vivemos numa sociedade sem sonhos. Quem não
sonha vive sem esperança ou nem vive, apenas vegeta.
Essa realidade sombria não é uma marca, apenas, de nossos
tempos. Ela sempre marcou a humanidade com intensidade variada. O que diriam os
que enfrentaram guerras, epidemias, ou desastres naturais?
O Profeta Ezequiel que viveu no Exílio da Babilônia no Séc. VI
a. C, constatou isso no seu povo e, naquele contexto de abatimento, foi
porta-voz da esperança para os seus ( Cf: Ez 34, 11-12.15-17). Ao povo
prostrado e sem perspectivas de futuro ele transmitiu uma mensagem nova capaz
de levantar os ânimos mais abatidos:
Eis o que diz o Senhor
Deus:
«Eu próprio irei em
busca das minhas ovelhas e hei-de encontrá-las. Como o pastor vigia o seu
rebanho, quando estiver no meio das ovelhas que andavam dispersas, para as
tirar de todos os lugares em que se
desgarraram num dia de nevoeiro e de trevas.
Eu apascentarei as
minhas ovelhas e as levarei a repousar, diz o Senhor. Hei-de procurar a que
anda dispersa. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar
enfraquecida E velarei pela gorda e vigorosa. Hei-de apascentá-las com justiça.
Quanto a vós, meu
rebanho, assim fala o Senhor Deus: Hei-de fazer justiça entre ovelhas e
cabritos».
Assim, como um rebanho disperso em dias sombrios, estava o
povo de Israel vivendo com escravos no exílio da Babilônia. A palavra do
profeta, naquele contexto, foi maravilhosa! Ele falou de Deus como um pastor
cuidadoso que prometeu zelar pelas ovelhas, principalmente, as mais carentes.
Promete enfaixar a perna quebrada, reconduzir a extraviada, fazer repousar,
alimentar e matar a fome.
Hoje, mais do que nunca, precisamos desse tipo de mensagem.
Deus é o mesmo pois, é eterno e imutável. De sua parte ainda existe a
disposição de cuidar de nós que somos suas ovelhas. Mas, será que existe, de
nossa parte, boa vontade para acolher esses cuidados de Deus? Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar
conta delas, diz o Senhor, na leitura citada. Existe um dito popular que
afirma que: “Quem quer vai e quem não quer manda!” Deus não manda. Ele mesmo,
em pessoa promete cuidar das ovelhas.
A ideia de separar ovelhas de cabritos visando fazer justiça
foi retomada, mais tarde, por Jesus (Mt 25, 31-46). O objetivo é separar o joio
do trigo, ou seja, os bons dos maus no juízo final. O texto bíblico nos exorta
a praticar o bem em vista desse julgamento divino. Sendo assim, devemos levar a
religião para as mãos: Vestir os nus, alimentar os famintos, visitar os
prisioneiros... Para colocar isso em prática não precisamos de faculdade ou
curso superior, pois a vivência da caridade está ao alcance de todos. A grande
lição que devemos aprender é a lição do cuidado. Deus cuida de nós e nós
devemos cuidar uns dos outros. Pense nisso!
Foto: Arquivo pessoal
Saber que não estamos sós é um conforto para nós. Deus cuida porque não quer que a gente fique assim sentindo desamparados.
ResponderExcluirO tempo todo temos prova de como Deus cuida de nós
Neste evangelho Jesus fala que precisamos também cuidar do nosso próximo quando ele precisar.