Não jureis!

 

“Os imbecis tem a mente na língua; os sábios tem a língua na mente...” (Eclo 21, 26). À essa citação bíblica gostaria de acrescentar uma outra: Lata vazia é que faz barulho!

A língua é o órgão mais perigoso do corpo e, se não soubermos dominá-la, ela nos domina. Por isso, é preciso ter a língua na mente e não o contrário. No Evangelho de São Mateus (Mt 5, 33 – 37) Jesus nos alerta sobre a importância de nossas palavras:

 “Que o vosso sim, seja sim e o vosso não seja não. O que for além disso vem do maligno”.

O conselho de Jesus foi para evitarmos os juramentos. Quem jura por Deus evoca-o, para testemunhar em seu favor. Caso ele não consiga cumprir o juramento, então, estará profanando o nome de Deus. O mandamento nos alerta a não tomarmos o santo nome de Deus em vão. Caso, seja verdadeiro, aquilo que se diz, então, Deus já estará presente, mesmo sem juramentos. Nunca devemos invocar Deus para ser nossa testemunha. Nós é que devemos testemunhar sempre a sua santidade e o seu amor.

A palavra humana quando carece de juramentos, está desgastada e desacreditada. Ela se torna vazia quando quem a pronuncia não se dá um testemunho daquilo que se fala. Quem jura, com facilidade, está admitindo que sua palavra não tem valor. Quem vive na verdade e fala a verdade não precisa juramentos.

Esse Evangelho faz a gente pensar no valor das palavras. O nosso modelo é a Palavra de Deus. Ela é como a semente, pois, é geradora de vida e, assim como a chuva, não volta ao céu sem produzir resultados. O pai da mentira é o diabo. Foi ele quem inventou a “fake News”, ou seja, as informação falsa, sobre uma pessoa ou assunto. As “fake News” são máquinas destruidoras de reputações. Precisamos ter cuidado com elas, principalmente, em períodos eleitorais. “Fake News” é crime e quem as produz, ou reproduz, poderá parar na cadeia.

A palavra de Deus é geradora de vida. Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita! A palavra humana, quando desgastada, é incapaz de gerar vida. A música que fecha esse texto fala do desgaste da palavra. Um discurso com palavras desgastadas só serve pra boi dormir.  A palavra boa é grávida de sentido e, por isso, deve ser dita na hora certa. Quem fala pelas tripas está condenado a dar bom dia à cavalos. Pense nisso!

Imagem de Şinasi Müldür por Pixabay