O fim do mundo
Não existe tema mais apaixonante do que esse: O fim do mundo! Os filmes de Hollywood que o digam! A indústria do cinema explora esse tema ...
Não existe tema mais apaixonante do que esse: O fim do mundo!
Os filmes de Hollywood que o digam! A indústria do cinema explora esse tema até
cansar nossa paciência. No Roteiro, há sempre uma catástrofe anunciada e um
mocinho, de cabelo alaranjado, capaz de prever os riscos e evitar que o mundo
seja destruído. O tal mocinho, costuma ser um yankee que vem do norte. Como essa
gente é “maravilhosa”! Os congoleses, na África, ao se verem, sob colonização lusitana,
pelo menos, chamavam o “Venturoso” Dom Manuel I, Rei de Portugal, de: “Mechino Riá Puto”! Eu não sei bem, o que significava isso lá, na língua deles, mas,
para falar a verdade, prefiro nem saber! Acho que a turma do lado de lá, não
alimentava tanto o viralatismo como sói acontecer nos lados de cá...
A palavra “fim” do mundo deveria ser trocada por “finalidade”.
São dois sentidos diferentes. Enquanto fim passa a ideia de aniquilamento e
destruição total, finalidade passa a ideia de plenitude, de aperfeiçoamento. Nesse
caso, é preciso dizer que o mundo ainda não atingiu aquela plenitude esperada por
Deus. Isso nos leva a comprometer com a melhoria da realidade. Nós podemos melhorar
ou piorar as coisas. A poluição, a violência, os desmatamentos são,
consequências de nossa falta de juízo. Não foi para isso que Deus criou o
mundo. Ao falar sobre esse tema no Evangelho de São Marcos (Mc 13, 24 – 32)
Jesus cita uma figueira: “Aprendei, pois,
da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a
brotar, sabeis que o verão está perto”. Vejam bem, a figueira que parece
estar morta aguarda dentro de si uma força misteriosa capaz de gerar novos
brotos em seu tronco. A morte é apenas aparente, o que acontecerá vai na
direção oposta, ou seja, um reflorescer de vida! Por isso, diante de certos acontecimentos
tristes como as guerras, pandemias e outras coisas, não podemos chegar à
conclusão que estamos no fim dos tempos. Talvez, estejamos ao fim dos tempos
ruins! Mas, nunca devemos deixar morrer a esperança. Sobre o fim de tudo Jesus
afirmou que ninguém sabe, nem os anjos, nem o Filho, mas somente o Pai. Se
Jesus disse isso, então, ninguém está autorizado a anunciar o fim dos tempos,
antes da hora.
Voltemos ao exemplo da figueira que parecia morta e se
renovou. Ao vê-la, naquele estado, alguém poderia pensar que ela não tivesse
mais futuro. Nesse caso, só lhe restaria um machado! Mas, surpreendentemente,
ela se renovou cobrindo-se de folhas e frutos. É preciso tomar cuidado para não
se desanimar diante dos problemas. Melhor seria acreditar na força dos brotos
que vão surgindo, aos poucos. Nosso seguimento a Jesus nos autoriza a ser
otimistas e não derrotistas. O Espirito de Deus renova todas as coisas! (Ap 21,
5). Às vezes, é preciso que um mundo velho se acabe para que surja um novo.
À medida em que vamos caminhando para o final do ano litúrgico,
a Igreja reflete sobre os temas escatológicos: Céu, inferno, purgatório, juízo final...
Mas, a ideia não é amedrontar as pessoas. Um dos livros lidos na liturgia é o livro do apocalipse.
A palavra apocalipse vem do grego e quer dizer revelação. Apo-Kalypsis =
destapar o que está escondido, tirar o véu, des-velar, ou seja “re-velar”. Ela
tem o mesmo sentido da palavra verdade (aletheia - sem véu). O livro, portanto,
não foi escrito para amedrontar mas para revelar o que estava escondido, o que
estava debaixo do pano, do véu. Ele nos ajuda a entender o sentido mais
profundo dos acontecimentos e mostra que Deus não perdeu o controle da situação.
Apesar de inúmeras ameaças, que parecem desafiar a ordem cósmica, Deus ainda
tem o controle da realidade e isso alimenta nossa esperança. A morte da
figueira é apenas aparente. Dentro dela novos brotos aguardam o momento certo
de surgir. Isso nos ajuda a enfrentar as durezas do dia-a-dia sem perder a
esperança. Não sabemos quando será o último dia, mas, podemos viver cada dia
como se ele fosse o último e, vivendo assim, não sofreríamos tanto, por
antecipação. Deus é Pai e cuida de cada um de nós. Nós é que, muitas vezes, não
sabemos cuidar do mundo!
Pense nisso!
Deus seja louvado pela maravilhosa reflexão brotada go coração do Pó André Gabriel e vindo até nós
ResponderExcluirA gata no final do vídeo..... juro que achei que seria a dona beija, mascote das Rádios Santa Cruz e Stilo FM
ResponderExcluirO que nos resta é viver um dia de cada vez... o amanhã é apenas uma possibilidade... Viver bem, com verdadeiro sentido existencial...
ResponderExcluirRealmente, temos que compreender está questão, não é fim do mundo, o mundo não acaba, é confortante entender finaliza um ciclo, e vem outro ciclo, assim podemos pensar e mudar nossas atitudes e viver este novo momento, refletir sobre nossas atitudes .Deus é misericordioso, Deus cuida de todos nós.
ResponderExcluirÉ muito interessante o se humano, como nós não tomamos consciência de que devemos cuidar do mundo que Deus nos deixou de graça e não destruir ele co nossas atitudes revoltadas. Padre Gabriel amo suas reflexões 🥰
ResponderExcluirÓtima reflexão Padre Gabriel!Esclare-nos bem o sentido do texto!
ResponderExcluirValorizar o dia de hoje como único, e que seja um dia repleto de esperança e busca da verdade !Que o medo dos intepéries não ofusque nossa visão a enchergar os verdes brotos da vida!
Obrigado, me ajudou para a homilia da Celebração na Comunidade!Sholom!
Padre o tema fim do mundo é mesmo explorado por muitas religiões. Parece que o temor do fim seja uma escolha com a finalidade em domar, ou seja, submeter o semelhante a algumas crenças.
ResponderExcluirNo entanto quando se usa do bom senso, descobre-se que o mais importante é o valor que Deus criador, tem em nossa vida, e que está tudo sobre seu controle.
Nenhum vivente é importante para a vida, por isso todos deste mundo iremos embora, procurar viver bem até o dia da partida, para onde! É mistério até que chegue a hora.