Casamento
Para que um casamento seja realizado é preciso observar alguns itens. Isso vale tanto para a lei civil quanto para a lei religiosa. ...

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Gostaria de falar sobre os casamentos de outros tempos quando o casal se noivava e casava sem mesmo conhecer uns aos outros e a coisa acabava dando certo. Minha mãe, por exemplo, casou-se com 15 anos. Namorar? – mais ou menos. Foram felizes para sempre? -Isso é coisa de novela. Mas, foram felizes até onde o ser humano consegue sê-lo.
O pensador chinês, John Wu, disse o seguinte sobre seu noivado e casamento:
Juntando nossas recordações de infância, minha mulher e eu deduzimos que nosso noivado foi resolvido da seguinte forma: eu contava apenas seis anos, quando certa vez meu pai levou-me para passar o dia em sua casa bancária. O diretor de um banco vizinho mandou então um de seus empregados buscarem-me e acolheu-me com mil agrados. Deu-me frutas, doces, fez-me jantar em sua companhia e não tirava os olhos de mim. Passei um dia maravilhoso! Ao cair da tarde, voltei para casa, na liteira de meu pai. Por que razão fora tratado com tanta gentileza por aquele amável senhor? Só mais tarde compreendi que nesse dia ele me escolhera pra marido de sua segunda filha. Minha mulher recorda-se que nessa mesma tarde o pai chegara em casa muito satisfeito, contando à esposa: Encontrei um marido para Ah-yu!” E rindo-se de contente dizia à menina de seis anos: “Ah-yu, arranjei um marido para você!” É muito bonito e tem cara de inteligente! A menina não se alterou, pois não conhecia a significação da palavra “marido” e tudo parecia-lhe uma brincadeira, que não compreendia.
O compromisso fora alheio à minha vontade. Mas, eu tinha absoluta certeza que aquela, a quem meus pais me haviam prometido seria a minha esposa. E, sob certo aspecto, semelhante noivado reveste-se de mais grandeza do que o acordo civil, que depende da livre escolha das duas partes: Ele é o cumprimento de um destino. Aquele que escolhe, ele próprio a sua esposa poderá às vezes duvidar do acerto de sua escolha e arrepender-se. Enquanto que para os que acreditam ser o casamento determinado no céu não há lugar nem para dúvida nem para arrependimentos... do mesmo modo como Adão não duvidou que Eva é que lhe estava destinada. ( Livro: Para além do oriente e do ocidente – Página 55)
Na Turquia, perto de um lugar ( Pamukkale) de águas termais ainda se tem um arraial com um costume bem diferente para se arrumar casamento para as filhas. Na casa onde se tem moças para casar, normalmente, a mãe coloca uma garrafa para cada filha sobre o telhado. Isso acontece porque a exposição das moças não é como em nossa cultura. As mulheres são tímidas e quase não saem às ruas. Quando o rapaz vê as garrafas, então entende a senha. Caso, ele venha a quebrar uma garrafa, então demonstra com esse gesto, que quer se casar com a dona daquela garrafa. Por aí se vê, que existem outros arranjos para conseguir casamentos além de invocar a proteção de Santo Antônio. Em outras partes do mundo a garrafinha tem uso mais nobre do que ser usada numa dança...
Entre os indígenas brasileiros a maneira de arrumar marido para as filhas também costuma ser bastante singular. Li, certa vez, que numa determinada tribo, cabia ao pretendente provar sua macheza colocando a mão dentro de um vespeiro permanecendo com a “luva ardente” por um bom tempo. Só após isso poderia pedir a mão da noiva. Nesse caso, ele iria com a mão ardendo. Mas, se aguentou as ferroadas é sinal que vai aguentar a mulher, a sogra e tudo mais...
Com esse texto não quis insinuar nada nem idealizar outras formas de matrimônio para ver se a coisa dá mais certo. Mas, se o leitor quiser experimentar, não posso fazer nada... Apenas alerto: cuidado! Conforme o teste adotado você poderá ir para a sepultura antes de ir para o leito nupcial...