Uma das afirmações que melhor ilustra nosso tempo, talvez, seja: “Sociedade de Consumo”! Como diz a frase, nossa sociedade parece ...
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Uma das afirmações que melhor ilustra nosso tempo, talvez, seja: “Sociedade de Consumo”! Como diz a frase, nossa sociedade parece que vive para consumir. Mas, para consumir é preciso que haja algo que possa ser consumido. Existem coisas temos que consumir necessariamente: alimentos, vestuário, remédios... Isso, no entanto, não basta à sociedade de consumo. Produzimos muitas coisas, completamente, desnecessárias à vida! Mas, para que essas coisas sejam consumidas é preciso que os consumidores sejam iludidos e tomem o supérfluo como se fosse necessário, que levem gato por lebre... Para fazer essa mágica criamos uma verdadeira ciência chamada “publicidade”. A publicidade se encarrega de maquiar uma realidade ou objeto fazendo com que aquilo pareça útil ou necessário. Dessa maneira, votamos em pessoas desonestas porque fomos enganados pela maquiagem publicitária ou compramos produtos por impulsos sem ter a menor necessidade daquilo que compramos.
Numa sociedade de consumo valoriza-se quem pode consumir as inúmeras quinquilharias do mercado. Nesse sentido, quem não tem poder de compra acaba se tornando invisível, socialmente, e corre o risco de ser descartado, pois deixou de ser útil à engrenagem do mundo. Aplicamos às pessoas os conceitos que deveriam valer apenas para os objetos. Exemplo: um copo deixa de ser útil quando não me atende. Por isso, é descartável e pode ir para o lixo. Dessa maneira um idoso “pode não ser útil” se não tem poder de compra. A lógica é perversa. Algumas pessoas, além de “inúteis” passam a ser vistas como verdadeiros pesos. Assim, as crianças os doentes, deficientes ou idosos, tornam-se pesos para uma sociedade que se articula em torno do eixo comprar e vender.
É interessante observar que alguns grupos, que num determinado tempo, eram discriminados, noutros tempos, passaram a ser valorizados. Descobriu-se nesses grupos um “nicho de mercado”! Isso tem acontecido com grupos de terceira idade, homossexuais e outros. À terceira idade passou a oferecerem pacotes de viagens, clinicas para doenças ou de rejuvenescimento... Aos homossexuais, perfumes, roupas, viagens... Tendo poder de compra os grupos passam a serem reconhecidos. É duro!
A saída dessa lógica de consumo, em minha opinião, passa pela formação. É preciso ter senso crítico diante do tsunami publicitário que invade as telas de nossas televisões. O papel de formar o senso crítico passa pela família, pela escola e grupos de inserção.
Vivemos numa sociedade desorientada e, facilmente, manipulada pelos mais espertos. Vejam o incômodo recente, que a notícia do fim do mundo causou em muita gente! Alguns entraram em pânico com essa notícia bestial. Eu, particularmente, penso que o mundo está acabando faz tempo! Para mim, é o fim do mundo, quando todos correm atrás de qualquer fantasia, promessas miraculosas e receitas de bem viver indicadas por qualquer apresentadora loira de televisão! A falta de assunto, ou de cérebro, foi tanta que uma bobagem como esta ocupou páginas e mais páginas dos noticiários. Chega a doer! Talvez, fosse melhor que esse mundo vazio tivesse acabado mesmo.
Imagem de Eveline de Bruin por Pixabay
Amém, louvado seja Deus!
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