Violeta foi para o céu
Depois de gastar muito tempo pelos Google”s da vida, resolvi colocar mãos à obra. A obra, nesse caso, é um comentário que desejo escrev...

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Depois de gastar muito tempo pelos Google”s da vida, resolvi colocar mãos à obra. A obra, nesse caso, é um comentário que desejo escrever sobre o filme produzido em junho (2012), que fala sobre a cantora chilena, Violeta Parra.
O filme “Violeta se fui a los cielos”, do diretor chileno, Andrés Wood, conta a conturbada história de uma das cantoras que conseguiu mostrar ao mundo, a cultura de seu país, apesar de uma turbulenta vida pessoal.
Graças, ao empenho de Gilmar, meu sobrinho, consegui ter acesso ao filme, pois queria muito saber mais, sobre a autora da música Graças a La vida. Cito, ainda, um site para facilitar o caminho de quem se interessar mais pelo assunto (http://www.violetaparra.cl – acessado em 11/08/2012).
Violeta del Carmen Parra Sandoval nasceu em São Carlos, a 4 de outubro de 1917, em São Carlos, Estado de Ñuble, na região de Chillán, ao sul do Chile. Seu pai, Nicanor Parra era professor primário de música, folclorista da região, e sua mãe, Clarisa Sandoval, uma camponesa que cantava e tocava violão. Foram nove irmãos que viveram sua infância no campo. Dos seus oito irmãos, Nicanor (o primogênito) foi poeta. Teve ainda dois meio-irmãos, filhos do casamento anterior de sua mãe com um primo, de quem enviuvara. Sua infância foi pobre e sofrida. O pai era de descendência indígena – causa de preconceito na época- e tinha problemas com alcoolismo. Apesar disso, deixou de herança para ela um violão cheio de sons…
Profundamente interessada em mostrar a cultura de seu país ao mundo, Violeta percorria as casas simples e povoados rurais registrando, por escrito as canções de seu povo.
Em 1938, Violeta casou-se com um ferroviário militante do Partido Comunista e com ele teve dois filhos , Isabel e Ángel. Esse casamento durou 10 anos.
Em 1949 casa-se pela segunda vez, agora com Luis Arce, que também tinha muitas afinidades com o mundo das artes. Teve duas filhas dessa nova união. Somente em 1954 nasceu Rosita Clara, a terceira filha.
Em 1955 Violeta visitou a União Soviética, Londres e Paris, cidade onde residiu por dois anos. Após mais de um ano de separação e a morte de Rosita Clara acabou separando do segundo marido.
Em outubro de 1960, com 43 anos, Violeta conheceu Gilbert Favré, um antropólogo suíço interessado em folclore, com quem viveu e compartilhou intensamente sua paixão pela cultura, pela arte poética e pela música, até pouco tempo antes de morrer.
Em janeiro de 1966, separada de Gilbert, que não mais suportou seu humor instável e exigências, Violeta tenta o suicídio. Isso veio a acontecer, de fato, no dia 5 de fevereiro de 1967.
“Violeta se fui a los cielos” mostra um pouco da vida dessa cantora de personalidade forte e temperamento inquieto. Capaz de escalar as mais altas montanhas das realizações pessoais e igualmente descer ao nada. Sua paixão por Gilbert, muito mais novo do que ela, rendeu-lhe muitos sofrimentos e músicas. Talvez em um ponto (tragédia) ela se iguale a tantos outros artistas. Ninguém ignora o trágico romance entre Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, ou mesmo a trágica vida de Elis Regina. Artistas como esses, trazem para a vida real, toda a dimensão da tragédia, presente nas grandes mitologias da história!