Dia de Finados: Se fôsseis do mundo…
Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como ama o que é seu (Jo 15, 18-21), disse Jesus aos seus discípulos…Diante dessa afirmação podemos...

Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como ama o que é seu (Jo 15, 18-21), disse Jesus aos seus discípulos…Diante dessa afirmação podemos nos questionar: - O que significa ser amado pelo mundo? - O “amor” que o mundo nos oferece consegue atravessar com a gente o portão do cemitério?
Em Pará de Minas, o Cemitério Santo Antônio – até hoje não sei porque deram essa honra para o Santo - ostenta um magnífico portão trazendo em seu frontal uma frase de “boas vindas” em latim. Aliás, todo o Cemitério é bonito; bem cuidado e arborizado. Apesar disso, ninguém quer atravessar aquele portão carregado pelos amigos. Residência fixa no “Campo Santo”, nem pensar! As pessoas, costumam ir ali no dia de finados, chorar um pouquinho, para cumprir a obrigação, mas voltam, sem demora, para suas casas…
Vou retomar a pergunta anterior: - O “amor” do mundo consegue atravessar o portão do cemitério? Respondendo a esse questionamento passo a contar uma história chamada “Os três amigos”, tirada do livro de Clóvis Bovo, “ 365 dias , 365 histórias, da Editora Santuário:
Havia um homem que tinha três amigos, aos quais dava muito apreço e atenção. Um dia esse homem ficou muito doente, a ponto de morrer. Avisaram -no que se preparasse a fim de comparecer perante o Juiz.
Teve receio de ir sozinho. Lembrou-se então dos seus amigos. Talvez, pudessem acompanhá-lo e até defendê-lo. Amigo é para isso mesmo, para as horas de aperto. Mandou chamar o primeiro, a quem expôs o seu problema. Ele, porém, respondeu: “Pouca coisa posso fazer para você. Mas, o que posso, eu o farei. Pago as despesas de viagem”. Era pouco, realmente. O que mais interessava, era a companhia.
Mandou vir o segundo amigo, que lhe respondeu meio pesaroso: “Ir com você até o juiz, eu não posso. Você entende não? Cada um tem seus problemas particulares, onde a gente não entra. Mas, vou com você até a porta do tribunal. Dali eu voltarei.” Também não servia. O momento mais difícil e cruciante era o inquérito perante o juiz.
Quase sem esperança, pediu que viesse o terceiro amigo. Este respondeu com calma e segurança: - Sim, eu posso ir com você. Posso acompanhá-lo e ficar ao seu lado durante o interrogatório.”
Quais eram os nomes desses três amigos?
O primeiro é o dinheiro. Paga o nosso funeral. E só.
O segundo é a família. Acompanha-nos até a sepultura. Depois volta para casa. Nada mais pode fazer, a não ser, rezar por nós;
O terceiro amigo são as boas obras. Somente estas nos acompanham até a eternidade. Somente elas nos defendem perante Deus…
Pois bem. O Evangelho nos diz que o mundo ama o que é seu. Mas, todas as preocupações do mundo terminam na porta do campo santo. Nada que o mundo valoriza tanto (fama, prestigio, dinheiro, consumismo…) sobrevive após a nossa morte. Aquilo, no entanto, que fazemos por amor a Deus, nos acompanha para a vida eterna. Jesus deixou claro para nós que a chave que abre a porta do céu chama-se boas obras. Possuir a chave com essa marca não é impossível. Ele nem pede de nós gestos faraônicos, mas apenas um copo d'água… O que você tem feito para manter essa chave no bolso? Lembre-se: - um dia você também irá atravessar aquele portão, que, em Pará de Minas, o povo costuma dizer que está situado “no alto da gabiroba”...
Para não esquecer..."Quais eram os nomes desses três amigos?
ResponderExcluirO primeiro é o dinheiro. Paga o nosso funeral. E só.
O segundo é a família. Acompanha-nos até a sepultura. Depois volta para casa. Nada mais pode fazer, a não ser, rezar por nós;
O terceiro amigo são as boas obras. Somente estas nos acompanham até a eternidade. Somente elas nos defendem perante Deus"…
Prefiro o terceiro amigo.
ResponderExcluir"O terceiro amigo são as boas obras. Somente estas nos acompanham até a eternidade. Somente elas nos defendem perante Deus…"..