Como crianças nas praças...

  Reclamando do comportamento dos homens do seu   tempo, Jesus os comparou às crianças pirracentas que são do contra, apenas, por capricho. ...

 


Reclamando do comportamento dos homens do seu  tempo, Jesus os comparou às crianças pirracentas que são do contra, apenas, por capricho. O texto de São Mateus (Mt 11, 16-19) afirma:

Com quem posso comparar essa geração? É como a criançada sentada na praça, que grita uns aos outros: Tocamos flauta para vós e não dançastes. Pois veio João que não come e nem bebe, e dizem: Ele é um possesso! Veio o Filho do homem, que come e bebe e dizem: É um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores! Mas, a Sabedoria de Deus é justificada por suas obras.

Ao refletir sobre essa passagem bíblica lembrei-me de uma poesia antiga atribuída à Arduíno Bolívar. Ela também fala de uma criança pirracenta:

Menino Luxento

Menino luxento, você quer empada?

-Não, mamãezinha, está muito salgada.


 Menino luxento, você quer assado?

-Não, mamãezinha, está muito tostado.


 Menino luxento, você quer salada?

-Não, mamãezinha, está muito aguada.


 Menino luxento, você quer pudim?

-Não, mamãezinha, está muito ruim.


 Menino luxento, você não quer nada?

Menino luxento, pois tome palmada.


Hoje eu não sei como esse texto poderia ser interpretado. Talvez, seria melhor retirar a palmada no último verso para não criar antipatias. Mas, aplicando o texto na realidade bíblica, a palmada, com certeza, continuaria. Até porque naquele tempo o “castigo” era visto como algo pedagógico. O povo de Deus foi parar no exílio da Babilônia porque foi “pirracento” com Deus não cumprindo a sua parte na aliança. Por causa disso, acabou levando as palmadas...

 A mensagem de Jesus é, profundamente, atual, pois ainda hoje, encontramos pessoas com os mesmos comportamentos dos homens daquele tempo. Uns não frequentam a missa, porque o padre é progressista; outros não o fazem porque o padre é conservador. Alguns não vão porque demora demais; outros afirmam que não vão porque o padre “sapeca” a missa. Há os que reclamam que o padre fala alto demais e os que reclamam porque ele fala muito baixo.  Não tem jeito! Sempre inventamos desculpas para não assumir nossas omissões e falta de compromissos... Inventamos desculpas para tranquilizar nossas consciências e colocar as responsabilidades sobre os outros.

No campo da religião o que notamos são verdadeiras acrobacias e self-service. Alguns trocam de religião duas vezes por mês, sempre buscando aquelas que mais lhes agradem ao paladar. Outros bicam daqui e dali, e acabam montam o próprio prato, que não raramente, costuma dar indigestão.

Alguns substituem a religião por um “sentimentalismo religioso,” totalmente, descomprometido de qualquer compromisso. Para não contribuir com nada afirmam alguns chavões do tipo: “O Vaticano é rico”! Outros adotam a lógica do “cumpro e minto”, pois nunca deixam de frequentar às igrejas mas também nunca mudam de vida. A religião para esses é uma espécie de verniz. Só brilha por fora. Nunca chega ao coração.

 Quem quer agradar a Deus e ao mundo vai acabar caindo do cavalo! As duas realidades não combinam. Ou se está muito bem com Deus e crítico com relação aos valores do mundo, ou se está muito bem encaixado nos valores do mundo e longe de Deus. Pense nisso!

Imagem de press 👍 and ⭐ por Pixabay 

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  1. O termo criança define bem esta geração,porem pouca coisa mudou,tentamos justificar para Deus o nosso relachamento espiritual e só mudamos um pouco quando a corda está no pescoço,as vezes tarde demais. Anseio por uma geração que busca Deus por amor não pela dor.

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